Curiosidades
As principais virtudes de Santo António
- 25-11-2007
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Santo António nasceu em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195, numa casa junto das portas da antiga cidade (Porta do Mar), que se pensa ter sido o local onde, mais tarde, se ergueu a Igreja em sua honra.
Tendo então o nome de Fernando, fez na vizinha Sé os seus primeiros estudos, tomando mais tarde, em 1210 ou 1211, o hábito de Cónego Regrante de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora, pela mão do Prior D. Estêvão.
Ali permaneceu até 1213 ou 1214, data em que se deslocou para o austero Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde realizou os seus estudos superiores em Direito Canónico, Ciências, Filosofia e Teologia.
As relíquias dos Santos Mártires de Marrocos que chegaram a Coimbra em 1220, fizeram-no trocar de Ordem Religiosa, envergando o burel de Frade Franciscano e recolher-se como Eremita nos Olivais (em Coimbra). Foi nessa altura que mudou o seu nome para António e decidiu deslocar-se a Marrocos, onde uma grave doença o reteve todo o inverno na cama. Decidiram os superiores repatriá-lo como medida de convalescença.
Quando de barco regressava a Portugal, desencadeou-se uma enorme tempestade que o arrastou para as costas da Sicília, sendo precisamente na Itália que iria revelar-se como teólogo e grande pregador.
Em 19 de Março de 1222, em Forli, falou perante religiosos Franciscanos e Dominicanos recém-ordenados sacerdotes e tão fluentemente o fez que o Provincial pensou dedicá-lo imediatamente ao apostolado.
Fixou-se em Bolonha onde se dedicou ao ensino de Teologia, bem como à sua leitura. Exercendo as funções de pregador, mostrou-se contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses. Seguiu depois para França com o objectivo de lutar contra os Albijenses e em 1225 prega em Tolosa. Na mesma época, foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e seria custódio da Província de Limoges, um cargo para que foi eleito pelos Frades da região. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas brevemente seria escolhido para Provincial da Romanha.
Assistiu à canonização de São Francisco em 1228 e deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. Durante 1229 as suas pregações dividiram-se entre Vareza, Bréscia, Milão, Verona e Mântua. Esta actividade absorvia-o de tal maneira que a ela passou a dedicar-se exclusivamente. Em 1231, e após contactos com Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a Quaresma do ano seguinte marcada por uma série de sermões da sua autoria.
Instalou-se depois em casa do Conde de Tiso, seu amigo pessoal, onde morreu em 1231 no Oratório de Arcela.
O facto de ter sido canonizado um ano após a sua morte, mostra-nos bem qual a importância que teve como Homem, para lhe ter sido atribuída tal honra. Este acto foi realizado pelo Papa Gregório IX, que lhe chamou "Arca do Testamento".
Considerado Doutor da Igreja e alvo de algumas biografias, todos os autores destas obras são unânimes em considerá-lo como um homem superior. Daí os diversos atributos que lhe foram conferidos: "Martelo dos hereges, defensor da fé, arca dos dois Testamentos, oficina de milagres, maravilha da Itália, honra das Espanhas, glória de Portugal, querubim eminentíssimo da religião seráfica, etc.".
Com a sua vida, quase mítica, quase lendária, mas que foi passando de geração em geração, e com os milagres que lhe foram atribuídos em bom número, transformou-se num taumaturgo de importância especial.
OS MILAGRES DE SANTO ANTÓNIO
Santo António será sem dúvida o "Santo dos Milagres" e de todos aqueles que mais merece este epíteto no mundo cristão. A sua taumaturgia iniciada em vida com uma pluralidade de milagres que lhe valeram a canonização em menos de um ano, é, na história da Igreja, a mais vasta e variada.
De Santo "casadoiro" a "restituidor do desaparecido", passando por "livrador" das tentações demoníacas, a Santo António tudo se pede não como intercessor mas como autoridade celestial. No entanto, cingir-nos-emos a milagres operados em vida como paradigmáticos dessa taumaturgia: Santo António a pregar aos peixes, livrando o pai da forca e a aparição do Menino Jesus em casa do conde Tiso.
Quanto ao primeiro milagre – Santo António prega aos peixes. Reza a lenda que estando a pregar aos hereges em Rimini, estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo António vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar e insta os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges ficaram tão impressionados que logo se converteram. Este milagre encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objecto de um sermão do Padre António Vieira que é considerado uma das obras-primas da literatura portuguesa.
No segundo milagre,Santo António livra o pai da forca.Conta a lenda que estando o Santo a pregar em Pádua, sentiu que a sua presença era necessária em Lisboa e recolheu-se, cobrindo a cabeça em silêncio reflexão. Simultaneamente (e mercê do dom de bilocação) encontra-se em Lisboa, onde o seu pai tinha sido injustamente condenado pelo homicídio de um jovem. Este, ressuscitado e questionado pelo Santo, afirma a inocência do pai de Santo António e volta a descansar.
Liberta-se assim o inocente que por falso testemunho tinha sido acusado. Santo António põe-se então "a caminho" e subitamente "acorda" no púlpito, em Pádua, recomeçando a sua pregação. Representam-se assim aqui dois factos miraculosos num só: a bilocação e poder de reanimar os mortos.
O terceiro milagre, também reportado na crónica do Santo, ocorre já no fim da sua vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo António após a sua morte. Estando o Santo em casa do conde Tiso, em Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde curioso espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei António; depara-se-lhe então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo António. O menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se observado, descobre o "espião", fazendo-lhe jurar que só contaria o visto após a sua morte. , também reportado na crónica do Santo, ocorre já no fim da sua vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo António após a sua morte. Estando o Santo em casa do conde Tiso, em Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde curioso espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei António; depara-se-lhe então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo António. O menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se observado, descobre o "espião", fazendo-lhe jurar que só contaria o visto após a sua morte.
O MILAGRE DE SANTO ANTÓNIO EM RIMINI (ano de 1227)
Santo António, durante uma pregação na cidade de Rímini (Itália), foi envolvido numa disputa com uns hereges, que negavam a presença real de Jesus na Eucaristia e que pretendiam ver uma prova irrefutável disso. Um dos hereges, de nome Bonovillo, disse-lhe: «Não acredito que a Hóstia seja o Corpo de Cristo! Mas quero desafiar-te, ó frade: se a minha mula se ajoelhar diante da Hóstia, então acreditarei». «Aceito o desafio – respondeu-lhe S. António – Daqui a três dias, trarás a mula a esta mesma praça, diante do povo. Eu trarei a Eucaristia e o animal ajoelhar-se-á diante do Pão consagrado». O herético aceitou, dizendo: «Está bem. Vou manter a mula fechada e em jejum estes três dias. Depois trazê-la-ei aqui, à presença de todos os habitantes, e apresentar-lhe-ei a cevada. E tu apresentar-lhe-ás a Hóstia, que dizes que é o Corpo do Homem-Deus. Se a mula ignorar a cevada e se ajoelhar diante da Hóstia, far-me-ei católico».
S. António retirou-se para o convento e durante aqueles três dias dirigiu-se ao Senhor com a oração e o jejum. No dia estabelecido, S. António apresentou-se com o Santíssimo Sacramento. À vista do Santo que avançava, um profundo silêncio estendeu-se por toda aquela multidão. Então S. António, em voz alta, ordenou à mula:
«Em nome do teu Criador, que trago vivo, verdadeiro, real e substancial nas minhas mãos, embora indignamente, ordeno-te, ó mula, que venhas já ajoelhar-te diante d'Ele, a fim de que estes hereges reconheçam que toda a criação é submissa e obediente ao Cordeiro que Se imola sobre os nossos altares». O herético suava frio, gritando com a besta e tentando-a com o seu argumento preferido. Mas o animal, recusando a cevada do patrão, aproximou-se docilmente do religioso: dobrou as patas anteriores diante da Hóstia e assim ficou.
O herético veio então lançar-se aos pés de S. António, confessando publicamente o seu erro e, a partir daquele dia, tornou-se um dos mais zelosos colaboradores do santo. Toda a sua família entrou também com ele no seio da verdadeira Igreja e ele, no ardor do seu reconhecimento para com Deus, fundou com o seu dinheiro uma igreja dedicada ao Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro.
Santo António de Lisboa, Aclamado Padroeiro Pelo Povo
A história de Santo António é quase da idade da história de Portugal. Oficialmente, o reino de Portugal teve a sua origem em 1139. Santo António teria nascido no dia 15 de agosto de 1195, pouco mais de cinquenta anos da formação da identidade da nação lusitana.
Nascido Fernando Martins de Bulhões, em Lisboa, no local onde hoje existe a cripta da sua igreja. Fernando era filho de uma família de pequena nobreza, foi batizado na Catedral de Santa Maria Maior, Sé de Lisboa. Aos 15 anos entrou para o mosteiro de São Vicente de Fora, pertencente à Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
Fernando, cónego professo, deixou Lisboa à procura de maiores conhecimentos teológicos, indo, aos 17 anos, para o mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, ordenando-se sacerdote, sendo-lhe destinado o cargo de irmão-porteiro. Teria sido em Coimbra que começara a preparação dos sermões. De volta a Lisboa, Fernando entrou em contacto com os frades mendicantes franciscanos, dessa aproximação, ele decidiu pelo seu projeto de vida, vencendo assim, a busca espiritual sobre a satisfação intelectual. Em 1220, Fernando Martins obteve autorização para passar de Cónego Regrante a Frade Menor, adotando definitivamente o nome de António, em homenagem a Santo Antão Abade e Ermita.
É como frade menor, que António parte como missionário para o norte da África. Em 1222 já está em Assis, durante o primeiro Capítulo Geral dos Franciscanos ou Capítulo das Esteiras, iniciado no Pentecostes de 1221. Investido pelo próprio São Francisco, que lhe chamou seu Bispo, percorreu o norte da Itália e o sul da França, com a missão de pregar e ensinar aos frades.
Já doente, em Pádua, António reiniciou o ensino e a escrita dos seus Sermões Dominicais e Festivos. Em 1230 a debilitação da sua saúde obriga-o a pedir dispensa do cargo no Capítulo de Assis. Em 1231, morre a caminho de Pádua, em Arcella, numa sexta-feira de 13 de junho. A sua morte traz uma comoção entre a população, que lhe velam o corpo por cinco dias, sendo enterrado apenas na terça-feira, dia que foi definitivamente consagrado ao santo. Desde então, ficou a ser conhecido como Santo António de Pádua, só sendo conhecido como Santo António de Lisboa nos países de língua portuguesa.
A canonização de Santo António aconteceu em maio de 1232, sendo a mais rápida da história da igreja romana, que lhe valeu uma menção no Guiness Book. Em 1934 o papa Pio XI proclamou o santo o segundo padroeiro de Portugal, ao lado de Nossa Senhora da Conceição. Em 1946, o papa Pio XII declarou-o Doutor da Igreja Católica. Com o correr dos séculos, os lisboetas passaram a cultivar seu santo nativo, popularizando o seu culto, que ofuscou ao culto a São Vicente. Santo António foi proclamado pelo povo de Lisboa como o santo padroeiro. Para a igreja católica portuguesa, oficialmente São Vicente é o santo padroeiro da cidade de Lisboa. A perda de identidade deste santo com a população deve-se ao fato de Santo António ter nascido em terras lusitanas, tornando-se uma das figuras mais importantes da história portuguesa. Mais de 800 anos se passaram do nascimento de Santo António, tempo suficiente para o esquecimento a São Vicente, só revelada no registro do brasão de Lisboa, que traz o corvo como símbolo. Este desencontro histórico entre o padroeiro real e o padroeiro eleito pelo povo, acirra-se à medida que o tempo passa. Enquanto isto, Lisboa vive o ludismo religioso de ter os seus dois santos padroeiros.
Santo António de Lisboa
Santo António nasceu em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195, numa casa junto das portas da antiga cidade (Porta do Mar), que se pensa ter sido o local onde, mais tarde, se ergueu a Igreja em sua honra.
Tendo então o nome de Fernando, fez na vizinha Sé os seus primeiros estudos, tomando mais tarde, em 1210 ou 1211, o hábito de Cónego Regrante de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora, pela mão do Prior D. Estêvão.
Ali permaneceu até 1213 ou 1214, data em que se deslocou para o austero Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde realizou os seus estudos superiores em Direito Canónico, Ciências, Filosofia e Teologia.
Segundo a tradição, talvez um pouco lendária, o Santo tinha uma memória fora do comum, sabendo de cor não só as Escrituras Sagradas, como também a vida dos Santos Padres.
As relíquias dos Santos Mártires de Marrocos que chegaram a Coimbra em 1220, fizeram-no trocar de Ordem Religiosa, envergando o burel de Frade Franciscano e recolher-se como Eremita nos Olivais (em Coimbra). Foi nessa altura que mudou o seu nome para António e decidiu deslocar-se a Marrocos, onde uma grave doença o reteve todo o inverno na cama. Decidiram os superiores repatriá-lo como medida de convalescença.
Quando de barco regressava a Portugal, desencadeou-se uma enorme tempestade que o arrastou para as costas da Sicília, sendo precisamente na Itália que iria revelar-se como teólogo e grande pregador.
Em 19 de Março de 1222, em Forli, falou perante religiosos Franciscanos e Dominicanos recém ordenados sacerdotes e tão fluentemente o fez que o Provincial pensou dedicá-lo imediatamente ao apostolado.
Fixou-se em Bolonha onde se dedicou ao ensino de Teologia, bem como à sua leitura. Exercendo as funções de pregador, mostrou-se contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses. Seguiu depois para França com o objectivo de lutar contra os Albijenses e em 1225 prega em Tolosa. Na mesma época, foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e seria custódio da Província de Limoges, um cargo para que foi eleito pelos Frades da região. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas brevemente seria escolhido para Provincial da Romanha.
Assistiu à canonização de São Francisco em 1228 e deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. Durante 1229 as suas pregações dividiram-se entre Vareza, Bréscia, Milão, Verona e Mântua. Esta actividade absorvia-o de tal maneira que a ela passou a dedicar-se exclusivamente. Em 1231, e após contactos com Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a Quaresma do ano seguinte marcada por uma série de sermões da sua autoria.
Instalou-se depois em casa do Conde de Tiso, seu amigo pessoal, onde morreu em 1231 no Oratório de Arcela.
O facto de ter sido canonizado um ano após a sua morte, mostra-nos bem qual a importância que teve como Homem, para lhe ter sido atribuída tal honra. Este acto foi realizado pelo Papa Gregório IX, que lhe chamou "Arca do Testamento".
Considerado Doutor da Igreja e alvo de algumas biografias, todos os autores destas obras são unânimes em considerá-lo como um homem superior. Daí os diversos atributos que lhe foram conferidos: "Martelo dos hereges, defensor da fé, arca dos dois Testamentos, oficina de milagres, maravilha da Itália, honra das Espanhas, glória de Portugal, querubim eminentíssimo da religião seráfica, etc.".
Com a sua vida, quase mítica, quase lendária, mas que foi passando de geração em geração, e com os milagres que lhe foram atribuídos em bom número, transformou-se num taumaturgo de importância especial.
TREZENA DE SANTO ANTÓNIO
13 TERÇAS-FEIRAS EM HONRA DE SANTO ANTÓNIO
Em 1617, uma senhora de Bolonha (Itália), cujo casamento não tinha sido até ali abençoado com filhos, ouvindo falar nas numerosas graças obtidas por intercessão do Taumaturgo (termo usado para “aquele que faz milagres”) de Pádua, implorou-lhe que tivesse dó dela e lhe concedesse o intenso desejo do seu coração, que era ter descendência. Uma noite, o Santo apareceu-lhe num misterioso sonho e disse-lhe: “Vai durante nove terças-feiras consecutivas visitar a capela dos Frades Menores e receber a Sagrada Comunhão, e a tua súplica será atendida. Seguiu a senhora fielmente esta direcção e o santo cumpriu a sua promessa. Mas o desejado recém-nascido era aleijado e disforme. Cheia de confiança, a mãe mandou levá-lo ao altar de Santo António, e mal o bebé tocou na ara sagrada, logo se transformou numa linda criança”.
Foi este milagre que deu princípio à devoção das Nove Terças-feiras em honra de Santo António; mais tarde elevou-se o número de terças-feiras para comemorar a data da sua morte.
FRASES DE SANTO ANTÓNIO
1. "Deus é Pai de todas as coisas. As suas criaturas são irmãos e irmãs."
2. "É viva a Palavra quando são as obras que falam."
3. "Quando te sorriem prosperidade mundana e prazeres, não te deixes encantar; não te apegues a eles; brandamente entram em nós, mas quando os temos dentro de nós, mordem-nos como serpentes."
4. "Uma água turva e agitada não espelha a face de quem sobre ela se debruça. Se queres que a face de Cristo, que te protege, se espelhe em ti, sai do tumulto das coisas exteriores, e será tranquila a tua alma."
5. "A paciência é o baluarte da alma, ela a fortifica e defende de toda a perturbação."
6. "Ó meu Senhor Jesus, estou pronto a seguir-te mesmo no cárcere, mesmo até na morte, a imolar a minha vida por teu amor, porque sacrificaste a tua vida por nós."
7. "Como os raios se desprendem das nuvens, assim também dos santos pregadores emanam obras maravilhosas. Disparam os raios, enquanto cintilam os milagres dos pregadores; retornam os raios, quando os pregadores não atribuem a si mesmos as grandes obras que fazem, mas à graça de Deus."
8. "Ó Senhor, dá-me viver e morrer no pequeno ninho da pobreza e na fé dos teus Apóstolos e da tua Santa Igreja Católica."
9. "Neste lugar tenebroso, os santos brilham como as estrelas do firmamento. E como os calçados nos defendem os pés, assim os exemplos dos santos defendem as nossas almas tornando-nos capazes de esmagar as sugestões do demónio e as seduções do mundo."
10. "Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida das suas forças; certamente não ficará sem recompensa"
LIÇÕES QUE SANTO ANTÓNIO NOS DÁ
1ª - Amor apaixonado a Jesus Cristo e a Maria Santíssima;
2ª - Insigne pregador da Palavra de Deus, disposto a dar a vida pela causa do Evangelho;
3ª - Amigo dos pobres e de todas as vítimas das injustiças;
4ª - Desprendido dos bens da terra, amante da pobreza voluntária;
5ª - Homem místico vivendo da oração e devoção.
Oração e Bênção de Santo António
Eis a Cruz do Senhor.
Presenças inimigas, fugi!
Venceu o Leão da Tribo de Judá,
Filho de David! Aleluia!
O Senhor Jesus Cristo esteja junto de nós para nos defender; dentro de nós para nos conservar; à nossa frente para nos guiar; atrás de nós para nos guardar; sobre nós para nos abençoar; ELE que, com o Pai e o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.
A bênção de Deus Pai Todo-Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, desça sobre nós e permaneça connosco para sempre. Amem.
Responso de Santo António
Se milagres desejais,
recorrei a Santo António;
vereis fugir o demónio
e as tentações infernais.
Recupera-se o perdido,
rompe-se a dura prisão
e no auge do furacão
cede o mar embravecido.
Todos os males humanos
se moderam, se retiram.
Digam-no aqueles que o viram
e digam-no os lusitanos.
Repete: Recupera-se o perdido...
Pela sua intercessão
foge a peste, o erro, a morte,
o fraco torna-se forte
e torna-se o enfermo são.
Repete-se: Recupera-se o perdido...
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Repete-se: Recupera-se o perdido...
V. Rogai por nós, bem-aventurado Santo António,
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração
Santo António de Lisboa, que merecestes receber nos vossos braços a Jesus Menino e experimentastes os Seus afagos, pelo amor que Ele nos tem, falai-Lhe dos meus problemas e pedi-Lhe socorro para os meus males do corpo e da alma. Por nosso Senhor.
Jaculatória:Santo António, açucena alvíssima de castidade, tornai puro e casto o meu coração.
Oração a Santo António, para achar objectos perdidos
Eu vos saúdo, glorioso Santo António,
fiel protector dos que em vós esperam.
Já que recebestes de Deus o poder especial
de fazer achar os objectos perdidos,
socorrei-me neste momento,
a fim de que, mediante vosso auxílio,
eu encontre o objecto que procuro...
Alcançai-me, sobretudo, uma fé viva,
uma esperança firme, uma caridade ardente
e uma docilidade sempre pronta aos desejos de Deus.
Que eu não me detenha apenas nas coisas deste mundo.
Saiba valorizá-las e utilizá-las
como algo que nos foi emprestado
e lute sobretudo por aquelas coisas
que ladrão nenhum pode nos arrebatar
e nem iremos perder jamais.
Assim seja.
O culto a Santo António, estimulado pela fama de inúmeros milagres, tem sido ao longo dos séculos objecto de grande devoção popular por todo o mundo.
É um dos santos de maior devoção de todos os povos e, sem dúvida, o primeiro português com projecção universal.
Santo António é para o mundo católico o santo “milagreiro”, “casamenteiro”, do “responso” e do Menino Jesus.
CATEQUESE DO PAPA BENTO XVI SOBRE SANTO ANTÓNIO
Santo António de Pádua, o grande pregador
Vou falar sobre um santo pertencente à primeira geração dos Frades menores: António de Pádua ou – como também é conhecido – de Lisboa, referindo-se à sua cidade natal.
Trata-se de um dos santos mais populares da Igreja Católica, venerado não somente em Pádua, onde se erigiu uma esplêndida basílica que recolhe os seus restos mortais, mas no mundo inteiro. São queridas dos fiéis as imagens e estátuas que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus nos braços, lembrando uma aparição milagrosa mencionada por algumas fontes literárias.
António contribuiu de maneira significativa para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com os seus fortes traços de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico.
Nasceu em Lisboa de uma família nobre, por volta de 1195, e foi baptizado com o nome de Fernando. Começou a fazer parte dos cónegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiro no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois no da Santa Cruz, em Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que o fez frutificar nas actividades de ensino e na pregação.
Em Coimbra, aconteceu um facto que marcou uma mudança decisiva na sua vida: em 1220, foram expostas as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos que se haviam dirigido a Marrocos, onde encontraram o martírio. Este acontecimento fez nascer no jovem Fernando o desejo de imitá-los e de avançar no caminho da perfeição cristã: então pediu para deixar os cónegos agostinianos e converter-se em frade menor. A sua petição foi acolhida e, tomando o nome de António, também ele partiu para Marrocos, mas a Providência divina dispôs outra coisa.
Por causa de uma doença, viu-se obrigado a voltar à Itália e, em 1221, participou do famoso “Capítulo das Esteiras” em Assis, onde também encontrou São Francisco. Depois disso, viveu por algum tempo escondido totalmente num convento perto de Forlì, no norte da Itália, onde o Senhor o chamou para outra missão. Convidado, por circunstâncias totalmente casuais, a pregar por ocasião da uma ordenação sacerdotal, António mostrou estar dotado de tal ciência e eloquência, que os superiores o destinaram à pregação. Ele começou assim, na Itália e na França, uma actividade apostólica tão intensa e eficaz, que levou muitas pessoas que se haviam separado da Igreja a voltar atrás. Esteve também entre os primeiros professores de teologia dos Frades menores, talvez inclusive o primeiro. Começou a leccionar em Bolonha, com a bênção de Francisco, o qual, reconhecendo as virtudes de António, enviou-lhe uma breve carta com estas palavras: “Eu gostaria que você leccionasse teologia aos frades”. António colocou as bases da teologia franciscana que, cultivada por outras insignes figuras de pensadores, teria conhecido o seu zenite com São Boaventura de Bagnoregio e o beato Duns Scotus.
Nomeado como superior provincial dos Frades Menores da Itália Setentrional, continuou com o ministério da pregação, alternando-o com as tarefas de governo. Concluído o mandato de provincial, retirou-se perto de Pádua, onde já havia estado outras vezes. Depois de apenas um ano, morreu nas portas da Cidade, no dia 13 de Junho de 1231. Pádua, que o havia acolhido com afecto e veneração em vida, prestou-lhe sempre honra e devoção. O próprio Papa Gregório IX – que, depois de tê-lo escutado pregar, definiu-o como “Arca do Testamento” – canonizou-o em 1232, também a partir dos milagres ocorridos por sua intercessão.
No último período da sua vida, António escreveu dois ciclos de “Sermões”, intitulados, respectivamente, “Sermões dominicais” e “Sermões sobre os santos”, destinados aos pregadores e professores de estudos teológicos da ordem franciscana. Neles, comentou os textos da Sagrada Escritura apresentados pela liturgia, utilizando a interpretação patrístico-medieval dos quatro sentidos: o literal ou histórico, o alegórico ou cristológico, o tropológico ou moral e o anagógico, que orienta à vida eterna. Trata-se de textos teológicos-homiléticos, que recolhem a pregação viva, na qual António propõe um verdadeiro e próprio itinerário de vida cristã. É tanta a riqueza de ensinamentos espirituais contida nos “Sermões”, que o venerável Papa Pio XII, em 1946, proclamou António como Doutor da Igreja, atribuindo-lhe o título de “Doutor Evangélico”, porque destes escritos surge a frescura e beleza do Evangelho; ainda hoje podemos lê-los com grande proveito espiritual.
Nos “Sermões”, fala da oração como uma relação de amor, que conduz o homem a conversar docemente com o Senhor, criando uma alegria inefável, que envolve suavemente a alma em oração. António recorda-nos que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide com o afastamento do barulho externo, mas é experiência interior, que procura evitar as distracções provocadas pelas preocupações da alma. Segundo o ensinamento deste insigne Doutor franciscano, a oração compõe-se de quatro atitudes indispensáveis: abrir com confiança o próprio coração a Deus, conversar afectuosamente com Ele, apresentar-lhe as próprias necessidades, louvá-lo e agradecer-lhe.
Neste ensinamento de Santo António sobre a oração, conhecemos um dos traços específicos da teologia franciscana, da qual ele foi o iniciador, isto é, o papel designado ao amor divino, que entra na esfera dos afectos, da vontade, do coração, e que é também a fonte de onde brota um conhecimento espiritual que ultrapassa todo o conhecimento. António escreve: “A caridade é a alma da fé, é o que a torna viva; sem o amor, a fé morre” (Sermões Dominicais e Festivos II).
Só uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual: este foi o objecto privilegiado da pregação de Santo António. Ele conhecia bem os defeitos da natureza humana, a tendência a cair no pecado; por isso, exortava continuamente a combater a inclinação à cobiça, ao orgulho, à impureza e a praticar as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza.
No começo do século XIII, no contexto do renascimento das cidades e do florescimento do comércio, crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos pobres. Por este motivo, António convidou os fiéis muitas vezes a pensar na verdadeira riqueza, a do coração, que, tornando-os bons e misericordiosos, leva-os a acumular tesouros para o céu. “Ó ricos – exorta – tornai-vos amigos (...); os pobres, acolhei-os em vossas casas: serão depois eles que vos acolherão nos eternos tabernáculos, onde está a beleza da paz, a confiança da segurança e a opulenta quietude da saciedade eterna” (Ibid.).
Não seria este, queridos amigos, um ensinamento muito importante também hoje, quando a crise financeira e os graves desequilíbrios económicos empobrecem muitas pessoas e criam condições de miséria? Na minha encíclica Caritas in veritate, recordo: “A economia tem necessidade da ética para o seu correcto funcionamento; não de uma ética qualquer, mas de uma ética amiga da pessoa” (n. 45).
António, na escola de Francisco, coloca sempre Cristo no centro da vida e do pensamento, da acção e da pregação. Este é outro traço típico da teologia franciscana: o cristocentrismo. Alegremente, ela contempla e convida a contemplar os mistérios da humanidade do Senhor, particularmente o do Natal, que suscitam sentimentos de amor e gratidão pela bondade divina.
Também a visão do Crucificado lhe inspira pensamentos de reconhecimento a Deus e de estima pela dignidade da pessoa humana, de forma que todos, crentes e não crentes, possam encontrar um significado que enriquece a vida. António escreve: “Cristo, que é a tua vida, está pregado diante de ti, porque tu vês a cruz como num espelho. Nela poderás conhecer quão mortais foram as tuas feridas, que nenhum remédio teria podido curar, a não ser o sangue do Filho de Deus. Se olhas bem, poderás perceber quão grandes são a tua dignidade e o teu valor (...). Em nenhum outro lugar o homem pode perceber melhor quanto vale, a não ser no espelho da cruz” (Sermões Dominicais e Festivos III).
Queridos amigos: que António de Pádua, tão venerado pelos fiéis, interceda pela Igreja inteira, sobretudo por aqueles que se dedicam à pregação. Que estes, inspirando-se no seu exemplo, procurem unir a doutrina sã e sólida, a piedade sincera e fervorosa e a incisividade da comunicação. Neste Ano Sacerdotal, oremos para que os sacerdotes e diáconos levem a cabo com solicitude este ministério de anúncio e actualização da Palavra de Deus aos fiéis, sobretudo através das homilias litúrgicas. Que estas sejam uma apresentação eficaz da eterna beleza de Cristo, precisamente como recomendada Santo António: “Se pregas Jesus, Ele amolece os corações duros; se o invocas, Ele adoça as amargas tentações; se pensas nele, ilumina-te o coração; se o lês, sacia-te a mente” (Sermões Dominicais e Festivos III).
[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em português):
Queridos irmãos e irmãs:
Dotado de grande inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e fervor místico, António de Pádua ou – como também é conhecido – de Lisboa, contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, sendo um dos santos mais populares da Igreja Católica. Começou sua vida religiosa entre os Cónegos Regulares de Santo Agostinho, dedicando-se ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja. Porém, atraído pelo exemplo dos primeiros mártires franciscanos, fez-se discípulo de São Francisco de Assis e acabou por ser destinado para a pregação do Evangelho ao povo simples e o ensino da teologia a seus confrades, lançando as bases da teologia franciscana. No último período da sua vida, António escreveu os “Sermões”, onde propõe um verdadeiro itinerário de vida cristã. Neste Ano Sacerdotal, peçamos que os sacerdotes e diáconos cumpram sempre com solicitude este ministério de anúncio e actualização da Palavra de Deus no meio do Povo de Deus.
Bênção do pão de Santo António
Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso
abençoai + este pão, pela intercessão de Santo Antônio,
que por sua pregação e exemplo
distribuiu o pão da vossa Palavra aos vossos fiéis.
Este pão recorde aos que o comerem ou distribuírem com devoção,
o pão que vosso Filho multiplicou no deserto para a multidão faminta,
o Pão Eucarístico que nos dais todos os dias no mistério da Eucaristia;
e fazei que este pão nos lembre o compromisso
para com todos os nossos irmãos necessitados de alimento corporal e espiritual.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
pão vivo que desceu do céu, e dá vida e salvação ao mundo,
na unidade do Espírito Santo.
Amém!
Para que não falte o Pão
Santo António, amigo dos pobres,
peço-te a graça de nunca faltar pão e alimento na nossa mesa.
Prometo-te olhar sempre para os mais necessitados,
repartindo com eles o pão que nos mandares, através do trabalho honesto.
Ajuda-nos a buscar sempre o Pão vivo que desceu do céu, que é Jesus na Eucaristia.
Amém
Oração para pedir um emprego
Santo António, olha compassivo para a minha necessidade.
Preciso de trabalho para cumprir o mandamento do Senhor.
Preciso trabalho para o meu sustento e o dos meus familiares.
Faz que eu encontre um trabalho digno, honrado e remunerado.
Ajuda-me neste momento angustioso, tu que conheceste o valor do trabalho,
o sacrifício da fome, a alegria de ter um lar feliz.
Amém.
Conselhos preciosos de Santo António
Peçamos humildemente a Jesus Cristo que nos conceda alegrar-nos só nele, viver modestamente, menosprezar as inquietações do mundo, manifestar-lhe todas as nossas necessidades, a fim de que, protegidos pela sua paz, possamos um dia viver na pacífica Jerusalém do céu. Auxilie-nos aquele que é bendito e glorioso pelos séculos eternos. E toda a alma pacífica diga: Amém! Aleluia!
Busca a paz dentro de ti, em ti mesmo; se a encontrares, terás paz com Deus e com o próximo.
Os olhos misericordiosos do Senhor estão sobre os que procuram a paz
Coisas necessárias a qualquer justo: a paz do coração, a separação dos bens terrenos, o silêncio da boca, o êxtase da contemplação, a lembrança da própria fragilidade
O azeite é o mais excelente de todos os líquidos; a paz de consciência excede o gozo dos bens temporais
Quem possuir a paz do coração merece de verdade ser chamado filho de Deus Pai, ao qual, juntamente com o seu Unigénito, diz na hora da morte: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito, porque da paz do coração passa à paz da eternidade
Quem em vida estabelecer com o Senhor a aliança da reconciliação, depois, no reino celeste, repousará na formosura da paz (9Pn 15c).
De Deus provém todo o bem que nós possuímos.
O bem é sempre simples.
Jesus Cristo é o Bem, o bem substancial, de quem todas as coisas recebem bondade. Tudo o que há e se move, vive ou existe no céu, como nos anjos, na terra ou debaixo da terra, no ar, na água, dotado de inteligência e de razão, procede daquele Sumo Bem, causa de todas as coisas e fonte de bondade
A coroa de todo o bem é a humildade.
Afasta-te do mal, mas isto ainda não basta: é preciso praticar o bem
Há quatro espécies de orgulho: quando alguém possui um bem e julga ter ele vindo de si mesmo; ou, se dado por Deus, o considera dado em razão dos seus méritos; ou se gaba de possuir o que não possui; ou despreza os outros e procura pôr em evidência o que possui (11Pn 3a).
Os homens não quiseram escutá-lo,
então pregou aos peixes!
Santo António e o dissoluto-futuro mártir
A resposta foi uma gargalhada, pois o comentário parecia provir de um louco. Anos depois, este homem, em viagem comercial à Palestina, foi tocado pela graça divina, converteu-se e passou a pregar a fé cristã aos sarracenos, sendo então martirizado.
Santo António, rogai por nós! - Exemplo de confiança em Deus
Santo António é representado com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus ao colo, em recordação de uma milagrosa aparição mencionada por algumas fontes literárias. Santo António foi prodigioso em santidade e dotado de rara inteligência e qualidades cristãs mais excelsas: equilíbrio, zelo apostólico e fervor místico.
Durante os sermões, António falava uma só língua, mas, frequentemente, era entendido por pessoas de outros países que falavam outros idiomas. O seu Provincial aproveitou-se deste facto miraculoso e encarregou-o da acção apostólica contra os hereges na região da antiga Romagna, no norte da Itália. E tornou-se, então, um extraordinário pregador popular.
Santo António propõe um verdadeiro itinerário de vida cristã. É tanta a riqueza de ensinamentos espirituais contida nos "Sermões", que o Papa Pio XII, em 1946, proclamou António como Doutor da Igreja, atribuindo-lhe o título de "Doutor evangélico", porque, destes escritos, sobressai o vigor e a beleza do Evangelho, os quais, ainda hoje, podemos ler com grande proveito espiritual. Ali podemos ver, que Santo António fala da oração como uma relação de amor, a qual estimula o homem a dialogar docilmente com o Senhor, criando uma alegria inefável que, suavemente, envolve a alma em oração.