Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Curiosidades

As atitudes interiores para o Advento

  Ao encerrarmos o ciclo comum do tempo litúrgico, entramos, como Igreja, no tempo do Advento

Tempo do Advento: reconhecimento e acolhimento do Senhor que vem.  Ao reflectirmos, liturgicamente, numa dimensão celebrativa que vise o comprometimento de vida, celebramos, neste período, Jesus Cristo, no tempo e na história dos homens. É Ele quem vem trazer-nos a salvação. É, portanto, o tempo da expectativa, e todo o cristão é chamado a vivê-lo em plenitude, para que, dignamente preparado, esteja em condições de receber o Senhor que vem.

O Advento contempla, no conjunto do seu sentido espiritual, duas dimensões fundamentais. A primeira observa o mistério da Encarnação, Jesus que encarnou, assumindo a nossa humanidade. A segunda dimensão leva-nos ao coração, para a promessa de Cristo Jesus acerca da Sua segunda vinda. Encarnação e segunda vinda de Jesus, são os dois aspectos que devem iluminar, como um farol, a boa vivência da nossa espiritualidade neste tempo litúrgico.

Quais são as atitudes interiores próprias para que o tempo do Advento não passe sem realizar um efeito eficaz na nossa história de vida?

Algumas indicações para uma boa preparação para a vinda do Senhor

1- Manter-se vigilante na fé e na oração, numa abertura atenta e disponível para reconhecer os “sinais” da vinda do Senhor em todas as circunstâncias e momentos da vida, até ao fim dos tempos. Ou seja, viver esta saudável e tão necessária tensão escatológica, daqueles que não enfraquecem no zelo e na expectativa do cumprimento das promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nas promessas de Jesus, repousa e baseia-se a solidez da nossa esperança. Uma esperança que não é circunstancial, mas sobrenatural e eterna. Rever a vivência do baptismo, à luz destas verdades fundamentais, ajuda-nos a dispor o coração para Deus.

2- Colocar a vida no caminho traçado por Deus, no projecto divino de salvação, ou seja, na vontade salvífica do Senhor. Isto significa não se extraviar por caminhos tortuosos, mas converter-se para seguir Jesus rumo ao Reino de Deus Pai. Esta é outra tensão saudável, que também não pode estar ausente da vida de todo o cristão que se preze: a tensão de conversão. Sem esta conversão ninguém agrada a Deus, pois perde-se a essência do homem novo, o qual se encontra em contínua construção, rumo à plenitude, que é Deus. Aquele que busca conversão caminha para o Tudo que é Deus; já o que não a busca, caminha para o nada de si mesmo, para o nada da vida.

3- Ser testemunha da alegria que Jesus Salvador nos traz com caridade afável e paciência para com os outros. Tendo por comportamento uma abertura para todas as iniciativas de bem, por meio das quais já se constrói o Reino futuro na alegria sem fim. Isto significa que a alegria salvífica deve estar sempre presente na vida testemunhal do cristão, mesmo no meio das dificuldades da vida. Jesus Cristo é a nossa alegria e salvação, rejubilemos sempre pela graça que nos foi concedida.

4- Manter um coração pobre e vazio de si, imitando São José, Nossa Senhora, João Baptista e os outros pobres do Evangelho, na humildade de quem sabe reconhecer e acolher Jesus, o Filho de Deus, Salvador da humanidade. Buscar e actualizar, na vida, a centralidade do mistério de Cristo, que sempre nos favorece na preparação rumo ao encontro do Senhor Jesus que vem a nós.

Acolher e reconhecer o Senhor

Participar na Celebração Eucarística, neste tempo do Advento, significa acolher e reconhecer o Senhor, o qual, continuamente, vem ficar no meio de nós; é segui-Lo no caminho que leva ao Pai. Com a Sua vinda gloriosa, no fim dos tempos, que Ele nos introduza, todos juntos, no Reino, para nos fazer “tomar parte na vida eterna” com os bem-aventurados e santos do céu.

Que a vivência deste tempo litúrgico seja fecunda na vida de todos nós. Uma caminhada de recolhimento, que traz em si o potencial de purificar a vida na justiça e na verdade, preparando os caminhos do Senhor. Que Cristo não nos encontre passivos, indiferentes, excessivamente preocupados com aquilo que passa, aponto de não percebermos o valor e a presença do Eterno que vem a nós. Sejamos activos e comprometidos nas atitudes interiores que o Senhor nos chama a viver, para que a nossa esperança seja vivificada.

Tomemos cuidado com o materialismo e o excesso de actividades terrenas. Tais realidades são perigosas e capazes de desviar e esvaziar a vida do seu verdadeiro e mais profundo mistério: apontar para uma caminhada perseverante rumo à eternidade! Sejamos activos e concretos nas respostas de vida, em função do mistério celebrado e vivido. Acreditemos para viver com sabedoria a vida terrena, e vivamos intensamente de acordo com a nossa fé, que deve sempre apontar para o Céu. Isto é ser cristão de verdade, sem falsidade, que caminha com sabor de eternidade!

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