Curiosidades
Adoração, Reparação, Maternidade Espiritual
- 08-03-2009
- Visualizações: 511
- Imprimir
- Enviar por email
PELOS SACERDOTES
Carta da congregação para promover a adoração eucarística em reparação
e para a santificação do Clero:
Há realmente muitas coisas a serem feitas para o verdadeiro bem do Clero e para a fecundidade do ministério pastoral nas circunstâncias actuais, mas, exactamente por isso, mesmo com o firme propósito de enfrentar essas dificuldades e essas fadigas, cientes de que o agir sucede ao ser e que a alma de cada apostolado é a intimidade com Deus, pretende-se iniciar um movimento espiritual que, favorecendo uma consciência cada vez maior da ligação ontológica entre Eucaristia e Sacerdócio e da especial Maternidade de Maria em relação a todos os Sacerdote, dê vida a uma corrente de adoração perpétua, para a reparação das faltas e para a santificação dos clérigos, e a um novo empenho das almas femininas consagradas para que, inspirando-se na tipologia da Virgem Maria, Mãe do Sumo e Eterno Sacerdote e associada, de modo singular, à sua obra de Redenção, queiram adoptar espiritualmente sacerdotes para os ajudar com a oferta de si, a oração e a penitência.
Segundo o dado constante da Tradição, o ministério e a realidade da Igreja não se reduzem à estrutura hierárquica, à liturgia, aos sacramentos e aos ordenamentos jurídicos. De facto a natureza íntima da Igreja e a origem primeira da sua eficácia santificadora, devem ser procuradas na mística união com Cristo. A doutrina, e a própria estrutura da constituição dogmática Lumen Gentium, afirmam que esta união não pode ser imaginada separada da Mãe do Verbo Encarnado, Aquela que Jesus quis intimamente unida a Si para a salvação de todo o género humano. Não é casual, portanto, que no mesmo dia em que era promulgada a constituição dogmática sobre a Igreja – 21 de Novembro de 1964 -, Paulo VI proclamasse Maria “Mãe da Igreja”, ou seja, mãe de todos os fiéis e de todos os pastores.
O Concílio Vaticano II – referindo-se à Bem-Aventurada Virgem – assim se expressa: “...Concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça.” (LG n 61).
Sem nada acrescentar ou tirar à única mediação de Cristo, a sempre Virgem é reconhecida e invocada, na Igreja, com títulos de Advogada, Auxiliadora, Socorro e Medianeira; Ela é o modelo do amor materno que deve animar todos os que cooperam, através da missão apostólica da Igreja, na regeneração da inteira humanidade (cfr LG n 65).
À luz destes ensinamentos que são parte da eclesiologia do Concílio Vaticano II, os fiéis, dirigindo o olhar para Maria – exemplo fúlgido de toda virtude -, são chamados a imitar a primeira discípula, a mãe, à qual foi confiado, em João – aos pés da cruz (cfr Jo 19, 25-27) –, cada discípulo, e assim, tornando-se seus filhos, aprendem com ela o verdadeiro sentido da vida em Cristo.
Desta forma – e exactamente a partir do lugar ocupado pela Virgem Santíssima e do papel por Ela desenvolvido na história da salvação - pretende-se, de maneira muito especial, confiar a Maria, a Mãe do Sumo e Eterno Sacerdote, cada Sacerdote, suscitando, na Igreja, um movimento de oração que coloque no centro a adoração eucarística contínua, no arco de tempo das 24 horas, de modo que, de cada canto da terra, sempre se eleve a Deus, incessantemente, uma oração de adoração, agradecimento, louvor, pedido e reparação, com o objectivo precípuo de suscitar um número suficiente de santas vocações para o estado sacerdotal e, ao mesmo tempo, de acompanhar espiritualmente – na realidade do Corpo Místico - ,com uma espécie de maternidade espiritual, os que já foram chamados ao sacerdócio ministerial e são ontologicamente modelados ao único Sumo e Eterno Sacerdote, para que cada vez melhor sirvam a Ele e aos irmãos, colocando-se não apenas “na” Igreja, mas também “perante” a Igreja, como prolongamento visível e sinal sacramental de Cristo que representam como cabeça, pastor e esposo da Igreja (PdV n 16).
Maria, Mãe do Único, Eterno e Sumo Sacerdote, abençoe esta iniciativa e interceda, junto de Deus, pedindo uma autêntica renovação da vida sacerdotal a partir do único modelo possível: Jesus Cristo, Bom Pastor!