Curiosidades
A presença real de Cristo na Eucaristia
- 16-12-2020
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Na Última Ceia, Jesus foi muito claro: “Isto é o meu corpo”.
“Isto é o meu sangue” (Mt 26,26-28). Ele não falou de símbolo, de sinal, nem de
lembrança. São Paulo atesta a presença do Senhor na Eucaristia quando afirma:
“O cálice de bênção, que bebemos, não é a comunhão do Sangue de Cristo? E o pão
que partimos, não é a comunhão do Corpo de Cristo?” (1Cor 10,16).
A Eucaristia é um lindo milagre, e a Igreja nunca duvidou da
presença de Cristo nela
E o apóstolo, que não estava na Última Ceia, recebeu esta certeza por revelação especial do Senhor a ele: “O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: Tomai e comei, isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Igualmente também, depois de ter ceado, tomou o cálice e disse: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes” (1Cor 11,23-29). Sem dúvida, a Eucaristia é o maior e o mais belo milagre que o Senhor realizou e quis que fosse repetido a cada Missa, para que Ele pudesse estar entre nós, a fim de nos curar e alimentar. “A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã’ (LG,11). Os restantes sacramentos, porém, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Com efeito, na Santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa” (PO,5 e CIC n.1324).
O que diz o Catecismo?
O Catecismo da Igreja garante que “Os milagres da
multiplicação dos pães prefiguram a superabundância deste pão único da
Eucaristia” (CIC, n.1335). Tudo o que foi dito até aqui está baseado,
principalmente, nas próprias palavras de Jesus, naquele memorável discurso
sobre a Eucaristia, na sinagoga de Cafarnaum, que São João relatou com detalhes
no capítulo 6 do seu Evangelho: “Eu sou o Pão vivo que desceu do céu. Quem
comer deste Pão viverá eternamente; e o Pão que eu darei é a minha carne para a
salvação do mundo. O que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida
eterna e eu o ressuscitarei no último dia, porque a minha carne é
verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida.”
Não se pode interpretar de modo diferente estas palavras,
senão admitindo a presença real e maravilhosa do Senhor na hóstia sagrada.
Lamentavelmente, a Cruz e a Eucaristia foram e continuam a ser “pedra de tropeço”
para os que não creem, mas Jesus exigiu até ao fim esta fé. Aos próprios
apóstolos disse: “Também vós quereis ir embora?” (Jo 6,67). Ao que Pedro
responde na fé, não pela inteligência: “Senhor, a quem iremos, só Tu tens
palavras de vida eterna“ (68). Nunca Jesus exigiu tanto a fé dos apóstolos como
neste momento. E se exigiu tanto, sem dar maiores esclarecimentos como sempre
fazia, é porque os discípulos tinham entendido muito bem do que se tratava, bem
como o povo que o deixou dizendo: ”Estas palavras são insuportáveis? Quem as
pode escutar?” (Jo 6,60).
Acreditar na presença de Cristo na Eucaristia é um exercício
de fé
Para cada um de nós também a Eucaristia será sempre uma prova
de fogo para a nossa fé, mas, crendo na palavra do Senhor e no ensinamento da
Igreja, seremos felizes. Quando Lutero pôs em dúvida a presença real e
permanente do Senhor na Eucaristia, o Concílio de Trento (1545-1563) assim se
expressou: “Porque Cristo, nosso Redentor, disse que o que Ele oferecia sob a
espécie do pão era verdadeiramente o seu Corpo, sempre na Igreja se teve esta
convicção que o sagrado Concílio de novo declara: pela consagração do pão e do
vinho opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo
de Cristo nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu
Sangue; e esta mudança, a Igreja católica chama-lhe com justeza e exatidão,
transubstanciação” (DS, 1642; CIC n.1376).
Acima de tudo, é preciso recordar que a Igreja recebeu do
Senhor o carisma da infalibilidade em termos de fé e moral, para não permitir
que os seus filhos sejam enganados no caminho da salvação (cf. Jo 14,15.25;
16,12-13). Portanto, o que a Igreja garante, há vinte séculos, nunca podemos
duvidar, sob pena de estarmos a duvidar do próprio Jesus.
Para auxiliar a nossa fraqueza, Deus permitiu que muitos
milagres eucarísticos acontecessem entre nós: Lanciano (séc VIII), Ferrara
(1171), Orvieto (1264), Offida (1273), Sena (1330 e 1730), Turim (1453), etc.,
que atestam, ainda hoje, o Corpo vivo do Senhor na Eucaristia, comprovado pela
própria ciência. Há tempos, foi traçado na Europa um “mapa eucarístico”, que
regista o local e a data de mais de 130 milagres eucarísticos.