Curiosidades
A posição da Igreja em relação à Fecundação Artificial
- 08-10-2018
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A posição da Igreja em relação à Fecundação Artificial
Há muitos casais que, por alguma razão, não conseguem engravidar; então, buscam outros meios para ter filhos. Alguns tentam meios não naturais, como a fecundação artificial e a reprodução assistida. Mas é preciso compreender o que a Igreja diz a este respeito.
Primeiramente, a fecundação artificial é entendida como um conjunto de técnicas por meio das quais se permite a reprodução sem a união sexual do casal. A inseminação artificial e a reprodução assistida são formas de concepção que substituem a fecundação natural compreendida na relação entre os esposos. Portanto, a Igreja é muito categórica na sua concepção a respeito destas técnicas.
Para a Igreja, do ponto de vista moral, todo o ser humano deve ser acolhido como um dom, uma bênção de Deus. Uma procriação verdadeiramente responsável deve ser fruto do matrimónio e da relação sexual entre o casal.
Por que é que a Igreja defende a fecundação natural?
Podemos dizer que a procriação humana tem algumas características específicas por força da dignidade pessoal dos pais e dos filhos. A dignidade do novo concebido é tão grande, que até a forma de o conceber, a mais digna, a Igreja acredita ser a entrega do casal na relação sexual, que faz parte da conjugalidade.
O homem e a mulher colaboram com o plano do Criador, portanto, a concepção deve ser fruto da doação mútua, do amor, da fidelidade e responsabilidade entre os esposos. O acto conjugal, com o qual os esposos manifestam reciprocamente o dom de si, exprime simultaneamente a abertura ao dom da vida: é um acto indissolúvel corporal e espiritual.
Por que é imoral?
O matrimónio tem dois sentidos: o unitivo e o procriativo. Por essa razão, a reprodução não os pode separar, mas preservar estes significados. As formas de reprodução não naturais separam estes dois princípios do matrimónio e, de certa forma, não respeitam a dignidade da criança ao ser concebida. A relação sexual é uma forma de respeitar os princípios deste sacramento. Por isso, a Igreja vai contra os processos artificiais, uma vez que tudo o que vai contra os métodos naturais vai contra a dignidade do matrimónio.
Outro ponto a ser destacado é que por estes métodos a procriação é privada da sua perfeição própria, quando não querida como fruto do acto conjugal, gesto específico dos esposos. “A procriação humana está fundada sobre a conexão que Deus quis e que o homem não pode alterar por sua iniciativa, entre os dois significados do acto conjugal: unitivo e procriador”. (Carta Encíclica Humanae Vitae)
Por fim, estes actos são ilícitos, porque efectuam a dissociação dos gestos que, pelo acto conjugal, são destinados à fecundação humana. A Igreja ensina que nunca é lícito “fabricar” um filho fora do acto sexual entre os esposos. Todo o ser humano tem o direito de ser gerado numa união física de amor dentro do casamento.
O que a Igreja indica a estes casais?
Vale ressaltar que é lícito o uso de meios artificiais encaminhados unicamente a facilitar a realização natural do acto sexual ou, uma vez este acto realizado normalmente, que seja alcançado o seu fim.
A Igreja sente pelos casais que não conseguem engravidar, não fica indiferente ao sofrimento, à busca e à angústia deles; ao contrário, torna-se solidária. Porém, não justifica apoiar aquilo que foge à dignidade do matrimónio. Há muitas crianças que aguardam a adopção, a Igreja propõe a estes casais que se compadeçam e adoptem estas crianças.