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A obesidade está ligada directamente a factores emocionais?

 

A obesidade está ligada diretamente a factores emocionais? 

 

Uma gama de factores que variam entre os indivíduos contribui para o desenvolvimento da obesidade

 

O que é obesidade? Uma doença? Falta de controle alimentar? A sua origem vem de factores internos (orgânicos) ou externos (meio)?

São muitas as indagações que podemos fazer a respeito da obesidade, mas a quem realmente devemos atribuir a responsabilidade dela?

A palavra vem do latim obesus (“ob” muito; “edere” comer), uma definição de aumento da quantidade de gordura corporal ou do tecido adiposo. Segundo o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5º edição), “a obesidade (excesso de gordura corporal) resulta do excesso prolongado de ingestão energética em relação ao gasto energético. Uma gama de factores genéticos, fisiológicos, comportamentais e ambientais, que variam entre os indivíduos, contribui para o desenvolvimento da obesidade; desta forma, ela não é considerada um transtorno mental. Entretanto, existem associações robustas entre obesidade e uma série de transtornos mentais (p. ex., transtorno de compulsão alimentar, transtornos depressivo e bipolar e esquizofrenia).”

Quais são os factores que influenciam na obesidade?

O controle de ingestão de alimentos e o peso possuem complicadores devido às diversas influências: hereditárias e ambientais/culturais. No âmbito hereditário, existem síndromes genéticas que tiveram as suas associações com a obesidade, assim como as alterações no campo do hipotálamo.

A comida e o afecto combinam-se desde o primeiro momento em que a mãe alimenta o seu filho. O alimento não serve apenas para suprir as necessidades biológicas, mas também como resposta às tensões emocionais. O bebé depende integralmente de sua mãe, para que ela troque a sua fralda, cuide das suas dores, o faça dormir e o alimente. Nesta dependência, o bebé já aprende que, quando ele chora, logo a mãe pega nele nos braços e, por muitas vezes, oferece-lhe o leite materno. Esta necessidade manifestada pelo choro nem sempre é fome, pode ser só um desejo de estar com a mãe; mas como a sua única via de se comunicar é por meio do choro, a mãe pode não compreender que a necessidade desta criança seja apenas afectiva e não nutricional, e a criança acaba por associar o acto de comer ao colo da mãe, pois não há nada melhor do que o colinho dela.

O acto de ser amamentado não só é rico em afecto, como também o acto de sugar oferece prazer ao bebé. É possível ver a reprodução deste estímulo no acto de chupar a chupeta ou o próprio dedinho, meios que não oferecem nenhum tipo de alimento, mas têm o mesmo movimento que sugar o peito da mãe. Percebam quanto o acto de comer está ligado ao afecto.

Comer em excesso pode ser um mecanismo de defesa

Se, no entanto, o acto de comer é um comportamento aprendido desde bebé (a criança nasce com o instinto para comer, mas são os seus cuidadores que a ensinaram a alimentar-se), o ser humano pode associar o acto de se alimentar à solução das suas necessidades emocionais, como aprendido no início da sua vida. Com isto, o comer em excesso poderia ser um mecanismo de defesa para aplacar esta angústia ou para enfrentar sentimentos de inadequação pessoal.

Formas de amenizar a angústia

O comportamento alimentar inadequado seria uma reação emocional “desajustada”, uma forma que o indivíduo encontra de minimizar as suas angústias. Se ele descarrega as angústias e tensões no alimento, será um forte candidato a desenvolver um quadro de obesidade, seja em grau leve, como sobrepeso ou em grau mais avançado como obesidade mórbida.

Aliado ao quadro emocional estão as reações neuroquímicas provocadas pelo alimento no nosso organismo, porque há vários alimentos que oferecem estímulos para melhorar o nosso ânimo, prazer, bem estar e bom humor. O neurotransmissor mais comum e mais falado é a serotonina, pois a ausência dela pode manifestar carência de emoção, irritabilidade, sentimento de menos valia, choro e inúmeras alterações emocionais. Por isso, quando comemos um chocolate ou alimentos ricos em carboidratos, temos uma sensação de bem-estar.

Excessos na alimentação

Não é possível esconder-se atrás de uma ”forma alimentar”, muito menos tornar-se escravo de um comportamento impulsivo ou compulsivo, em que não se consegue obter controle sobre o que se come. Podemos comer de tudo, porém, de forma equilibrada, sem excessos. Se percebes alguns excessos na tua alimentação, já tentaste várias formas de emagrecer e não conseguiste, avalia as tuas emoções e procura um psicólogo para te ajudar a encontrar o ponto de equilíbrio entre elas e a alimentação.

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