Curiosidades
A dor dos pais pelos filhos que não querem saber da Igreja
- 07-10-2021
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Não é difícil nos tempos actuais encontrar pais cristãos que
sofrem por ter que lidar com filhos que, influenciados por tantos meios,
decidem não ir à Igreja e não querer saber de Deus. Mesmo quando criados em
bons lares, os filhos às vezes negam-se a participar na Santa Missa e afastam-se
mesmo – e os pais sentem que de alguma forma fracassaram!
É inegável que os ‘atractivos’ do mundo moderno, com as suas
falsas verdades, que atacam os valores morais e cristãos (no que diz respeito
ao aborto, à família, à sexualidade etc.), têm gerado uma enorme confusão na
mente das pessoas, especialmente das menos preparadas. A escola, os amigos, a
internet – com os seus (de)formadores de opinião, youtubers ‘descolados’ –
tornaram-se, em muitos aspectos, verdadeiros inimigos daqueles pais que procuram
educar os filhos na fé cristã, baseando-se em valores como fidelidade,
santidade, respeito à vida desde a concepção até à morte, castidade, doação,
indissolubilidade do matrimónio, geração de filhos etc”.
“Estes pais, portanto, vêem-se impotentes diante dos argumentos
destes filhos, que se alimentam de notícias, artigos, livros e vídeos, em
desacordo com o que ensina a Santa Mãe Igreja e, ao mesmo tempo, começam a pôr
em xeque a formação recebida dos pais, já que os amigos lhes ‘enchem a cabeça’
com divagações e teses que tentam, no fim de contas, negar a existência de Deus
e a necessidade da Igreja: levantam bandeiras feministas, de género e LGBT,
debocham do ensinamento dos papas, das Escrituras, relativizam a crença dos
pais, discordam do que dizem os padres (principalmente quando, infelizmente,
falta testemunho) e acabam por se afastar, gerando quase sempre uma crise
familiar. Nestes casos, é comum que os pais percam a paciência e a caridade com
os filhos, adolescentes ou não.
Como ponto de vista pessoal, penso que não se deva agir desta
maneira. Antes, os pais devem tentar ser pacientes, por mais difícil que seja.
Entendo que seja frustrante tentar conversar com alguém que ‘parece não estar
nem aí’ para a sabedoria que se quer passar para ele. Na maioria das vezes, um jovem
pode levar muito tempo para entender toda a situação e compreender o que lhe
foi dito. Então, não se deve aumentar o problema, forçando-o a tomar uma
decisão imediatamente. Para que ele possa decidir voltar a frequentar a Igreja,
ele precisa de desenvolver os seus próprios motivos. E isto pode levar algum
tempo”.
Mas o que fazer então com os filhos que não querem saber da
Igreja?
“É importantíssimo aos
pais manter a calma. Os filhos podem estar a desafiar as suas crenças mais
profundas, talvez pela primeira vez na vida. Com isto é fácil e compreensível
ficar irritado, desesperado, inquieto e com o sentimento de fracasso na
educação, mas é importante resistir a esta tentação e lidar com esta situação
de forma muito mais fácil.
Penso que o ensinamento de Santa Mónica, que rezou pela
conversão de seu filho durante catorze anos – confiando não nas suas palavras
ou forças, mas na acção da graça de Deus -, seja um grande exemplo de
perseverança na oração a ser imitado, já que ‘os que esperam no Senhor renovam as suas forças’
(Is 40,31) e que ‘se creres, verás a glória de Deus’ (Jo 11,40)”.