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Curiosidades

5 erros que os católicos cometem ao evangelizar e como os corrigir

Fingir que alguém nos abre o seu coração antes de saber o nosso nome, assumir que termos como "fé" ou "Igreja" significam a mesma coisa para todos ou desistir de mudar o mundo são alguns dos erros que Marcel LeJeune acredita que devem ser corrigidos se quisermos evangelizar as pessoas, hoje em dia.

LeJeune é casado, tem cinco filhos e preside aos programas de formação apostólica dos Discípulos Missionários Católicos. Depois de aprofundar em como o relativismo atrapalha a evangelização dos católicos, ele explica cinco erros frequentes quando se trata de fazer apostolado em nossos dias e como os corrigir.

1º Antes de começar, preocupe-se em saber como ele pensa

De especialistas como LeJeune a não poucos protestantes convertidos, cada vez mais observam que, quando se trata de evangelizar, "usando as mesmas palavras, falamos línguas diferentes". Em muitas ocasiões, não sabemos o que queremos dizer com palavras como "Igreja", "fé", "Deus" ou "amor". Por isso, "precisamos de definir os termos e explorar o que significam para a outra pessoa".

Somente "explorando o pensamento, a escuta e fazendo perguntas abertas dos outros nos podemos envolver em conversas com expectativas".

2º Não responda antes de perguntar

Quando as pessoas deixam a Igreja, em vez de falta de fé ou formação, pode ser porque os próprios católicos desistiram delas antes de ouvir. "Se perguntares ao católico médio por que é que alguém sai da Igreja, ele dirá que a pessoa 'não teve formação, catequese ou não entendeu a fé', e isso pode ou não ser verdade. Se assumirmos por que é que eles saíram, provavelmente não perguntaremos ou entenderemos os seus motivos", explica LeJeune.

De facto, o especialista afirma que muitas pessoas abandonam os sacramentos não por falta de formação, mas porque "estavam sozinhas e esgotadas ou não encontraram uma comunidade". Por isso, ele enfatiza a importância de "compreender, servir e amar antes de pregar ou discutir".

"Quando chegamos a muitas respostas e poucas perguntas, tendemos a afastar os outros".

O evangelista especialista Marcel LeJeune ressalta a importância da amizade e das relações sociais antes de evangelizar.

3º Tomar um café, é melhor do que começar logo pela catequese

As próprias estatísticas mostram que as pessoas têm sede de Deus, mas os católicos raramente oferecem a possibilidade de conversar sobre Deus. Mais de seis em cada 10 não-cristãos (62%) dizem estar abertos a discutir questões de fé com alguém que ouve sem julgamento – a qualidade a que atribuem mais importância – mas apenas um terço (34%) vê essa característica nos cristãos que conhecem pessoalmente.

"Independentemente de querermos, não seremos capazes de evangelizar enquanto não tivermos relações amigáveis e conhecermos os não-cristãos."

Para isso, um primeiro passo pode ser "pedir ao colega de trabalho ou ao vizinho do outro lado da rua para tomar um café ou irem almoçar juntos. É uma estratégia muito melhor do que convidá-los logo para a missa."

4º Não confunda fé e política ao evangelizar

LeJeune acredita que há momentos em que os valores do Evangelho se cruzam com a política, mas quando se trata de realizar o nosso apostolado, devemos ter cuidado. "Isto não significa que não nos possamos envolver na política ou trabalhar por soluções políticas para problemas culturais ou morais, o problema é quando confundimos política com fé ou vice-versa."

"Você pode concordar com outra pessoa sobre valores como ajudar os pobres, mas quando você discorda da solução política, isso pode diminuir a capacidade de testemunhar a verdade na vida da outra pessoa."

5º Não se acomodem e aspirem a melhorar o mundo

"A mediocridade raramente agrada, e o católico médio parece-se demais com todos os outros", explica. "Não estamos a gerar discípulos que mudam o mundo. Diante desta situação, há alguns católicos que pretendem amar os outros, partilhar a sua fé e que não são influenciados pela cultura. Eles são atraentes, porque vivem de forma diferente."

Neste sentido, o especialista também se refere às instituições, cujo modo de agir não ajuda a percebê-las como "construídas para transformar o mundo". A maioria das instituições católicas ocidentais não tem liderança visionária ou impacto profundo."

"Tudo isto é percebido com particular importância numa cultura em que os jovens foram ensinados a acreditar que podem literalmente mudar o mundo, nas mudanças climáticas ou na política, por exemplo. Se a Igreja não está s projetar uma grande visão de um mundo melhor e transformado, o que estamos a fazer?", questiona.

LeJeune conclui: 

Se quisermos evangelizar melhor e entender a lógica do pensamento moderno, "ouça e aprenda como o cérebro funciona para chegar ao coração da pessoa. Não falar tanto e ouvir mais, porque não se pode amar o que não se conhece."

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