Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Ano Paulino

A vida de São Paulo

 A vida de São Paulo

Paulo fez muito pela difusão do cristianismo 

Muitas actividades litúrgicas, culturais e devocionais serão desenvolvidas, durante este ano, em todas as partes do mundo cristão. O objectivo destas celebrações é lembrar os 2000 anos do nascimento do primeiro grande missionário da fé cristã. O Papa Bento XVI associou a algumas destas celebrações a indulgência plenária aos fiéis que delas participarem. Assim, estas celebrações propiciam um maior conhecimento da vida deste apóstolo que se auto-intitulava “Apóstolo de Cristo”.

A vida de São PauloI

ncansável comunicador do Evangelho, mártir convertido ao cristianismo e apóstolo dos gentios, São Paulo é o autor do primeiro texto do Segundo Testamento, a Primeira Carta aos Tessalonicenses, e um apaixonado por Jesus Cristo. Uma das suas frases mais conhecidas testemunha a vida de conversão e entrega ao anúncio do Evangelho: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé" (2Tm 4,6-7). Nascido nos primeiros anos da Era Cristã, em Tarso, na Cilícia, onde hoje é a Turquia, Paulo foi educado em duas culturas (grega e judaica); falava a língua grega e a aramaica, e em Jerusalém recebeu formação nas Sagradas Escrituras e nos métodos da tradição dos rabinos, tornando-se fervoroso defensor da lei antiga. Até à sua conversão, em 32 d.C., era chamado Saulo e trabalhava para o Império Romano, perseguindo os cristãos, tendo como ofício a fabricação de tendas. O relato da sua conversão é narrado no capítulo 9 dos Actos dos Apóstolos. Paulo havia presenciado a morte de Estêvão, que morreu apedrejado defendendo a fé cristã. Depois disso, passou a perseguir ainda mais os seguidores de Jesus. Durante uma viagem a Damasco atrás de seguidores do cristianismo, teve uma visão, na qual fez a experiência com Jesus Cristo, que, em espírito, lhe perguntava: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". Ficou cego imediatamente e foi levado para a cidade, onde, dias depois, um discípulo de Jesus, chamado Ananias, foi enviado por Deus para o curar. Após voltar a enxergar, converteu-se ao cristianismo, mudando o nome para Paulo. A partir de então, tornou-se o Apóstolo dos Gentios, ou seja, aquele enviado para disseminar o Evangelho para o povo não judeu. Paulo fez muito pela difusão do cristianismo, realizando três grandes expedições missionárias que tiveram a duração de 25 anos. As suas epístolas destacam o tratamento que o apóstolo tinha para com os seus amigos e companheiros de missão, o discurso sobre a fé, esperança e caridade e o caminho que percorreu pregando o cristianismo e convertendo os pagãos. Preso várias vezes, resistiu a torturas, injúrias e apedrejamentos, realizando conversões até nas celas onde ficava. No ano de 67, quando estava preso em Roma, foi condenado pelo imperador Nero por seguir uma religião ilegal e morto por decapitação, já que era cidadão romano e, por isso, não lhe era permitido ser crucificado. A Igreja comemora a solenidade de São Paulo em 29 de Junho, no mesmo dia em que São Pedro, primeiro papa e um dos companheiros de pregação de Paulo. A solenidade destes dois santos é uma das mais antigas do calendário litúrgico, tendo sido introduzida no santoral (tratado sobre a vida dos santos católicos) muito antes da festa do Natal. Depois da solenidade da Virgem Santíssima, eles são os santos mais comemorados do mundo, juntamente com São João Baptista. 

Testemunho de Paulo:

Deus é o protagonista da acção apostólica

A liberdade e a coragem de Paulo nascem, antes de tudo, da convicção de que Deus, e somente Deus, é o verdadeiro protagonista de toda acção apostólica». Paulo «é sereno, sem demagogia, livre das decisões dos homens e de seus interesses».«Ele sabe que deverá dar contas a Deus e não aos homens. Sua única preocupação é de permanecer fiel a Cristo.»«Não se preocupa com sucesso, mas está a serviço dos homens: “Somos vossos servos por Jesus” (2 Cor 4,5). No coração do apóstolo o amor de Deus precede o amor do próximo», destaca.Segundo o arcebispo, Paulo ocupou-se da caridade desde a primeira de suas cartas, «mesmo se o tema venha a ser depois particularmente aprofundado e concretizado pelas exigências pastorais mais do que por exigências teóricas, nas grandes cartas aos Coríntios, aos Gálatas e aos Romanos».«Para ele, a fé é o trabalho, a obra, algo que não se reduz ao conhecimento nem ao puro desejo. A esperança é a perseverança e paciência, solidez; é a força de ânimo capaz de durar longo prazo sem deixar-se modificar por desmentidos nem pelo peso das adversidades. A caridade é fadiga, é dura fadiga.»Para ler as cartas de Paulo é preciso ter diante dos olhos «a sua figura apostólica e missionária, o princípio norteador de sua teologia, sua relação com a tradição de Jesus e com a tradição apostólica, sua relação com as comunidades».«Aí podemos atingir o centro profundo, constante, que sustenta sua espiritualidade, sua teologia e sua actividade de incansável evangelizador.»«A figura de Paulo, em todos os seus escritos, aparece inteiramente recolhida na meditação de Cristo ressuscitado e no encargo de ser o guarda de sua memória. Pode-se observar como o desejo de estar ligado às origens é vivo em toda a sua actividade.»«Quer manter sempre viva, actual e fiel, a memória de Jesus, que para ele se concentra particularmente na cruz/ressurreição. Ele é antes de tudo o ministro da Palavra, que é Cristo».  

Bento XVI traça uma breve biografia

de São Paulo

Queridos irmãos e irmãs:Os sinais biográficos de Paulo encontramos respectivamente na carta a Filémon, na qual se declara «ancião» (versículo 9: presbytes), e nos Actos dos Apóstolos, pois no momento da lapidação de Estêvão diz que era «jovem» (7, 58).Ambas designações são evidentemente genéricas, mas segundo os cálculos antigos, «jovem» era o homem que tinha cerca de trinta anos, enquanto que se chamava «ancião» quando chegava aos sessenta. Em termos absolutos, a data de Paulo depende em grande parte da data em que foi escrita a carta a Filémon. Tradicionalmente, sua redacção se marca na prisão de Roma, em meados dos anos 60. Paulo teria nascido no ano 8, portanto, teria vivido mais ou menos sessenta anos, enquanto que no momento da lapidação de Estêvão tinha trinta. Esta deveria ser a cronologia adequada. E o ano paulino que estamos celebrando continua precisando esta cronologia. Foi escolhido o ano 2008 pensando em que nasceu mais ou menos no ano 8.Em todo caso, nasceu em Tarso de Cilícia (Cf. Actos 22, 3). A cidade era capital administrativa da região e no ano 51 a.C. havia tido como pró-consul nada menos que a Marco Túlio Cícero, enquanto que dez anos depois, no ano 41, Tarso havia sido o lugar do primeiro encontro entre Marco Antonio e Cleópatra. Judeu da diáspora, falava grego apesar de que tinha um nome de origem latina, derivado por assonância do original hebreu Saul/Saulos, e gozava da cidadania romana (Cf. Actos 22, 25-28).Paulo se apresenta, deste modo, na fronteira de três culturas diferentes  -romana, grega, judaica - e talvez também por este motivo estava predisposto a fecundas aberturas universais, a uma mediação entre as culturas, a uma verdadeira universalidade.Também aprendeu um trabalho manual, talvez herdado do pai, que consistia no ofício de «fabricar tendas» (Cf. Actos 18, 3), o que provavelmente significa que trabalhava a lã de cabra ou a fibra de linha para fazer esteiras ou tendas (Cf. Actos 20, 33-35).Por volta dos doze ou treze anos, a idade na qual um jovem judeu se converte em bar mitzvà («filho do preceito»), Paulo deixou Tarso e se mudou para Jerusalém para ser educado aos pés do rabi Gamaliel, o Velho, neto do grande rabi Hilel, segundo as mais rígidas normas do farisaísmo, adquirindo um grande zelo pela Torá mosaica (Cf. Gál 1, 14; Fil 3, 5-6; Act 22, 3; 23, 6; 26, 5).Em virtude desta ortodoxia profunda, que havia aprendido na escola de Hilel, em Jerusalém, viu no novo movimento que se inspirava em Jesus de Nazaré um risco, uma ameaça para a identidade judaica, para a autêntica ortodoxia dos pais. Isto explica o fato de que tenha «perseguido a Igreja de Deus», como o admitirá em três ocasiões em suas cartas (1 Cor 15, 9; Gal 1, 13; Fil 3, 6). Ainda que não é fácil imaginar concretamente em que consistiu esta perseguição, sua atitude foi de todos os modos de intolerância. Aqui se marca o acontecimento de Damasco, sobre o qual voltaremos a falar na próxima catequese. O certo é que, a partir de então, sua vida mudou e se converteu em um apóstolo incansável do Evangelho. De fato, Paulo passou à história pelo que fez como cristão, como apóstolo, e não como fariseu. Tradicionalmente, divide-se sua actividade apostólica em virtude das três viagens missionárias, às que se acrescentou a quarto a Roma, como prisioneiro. Todas são narradas por Lucas nos Actos dos Apóstolos. Ao falar das três viagens missionárias, há que distinguir a primeira das outras duas.Pelo que se refere à primeira, de fato (Cf. Actos 13-14), Paulo não teve responsabilidade directa, pois esta foi encomendada ao chipriota Bernabé. Juntos, partiram de Antioquia de Orontes, enviados por essa Igreja (Cf. Actos 13, 1-3), e, depois de sair do porto de Selêucia, na costa síria, atravessaram a ilha de Chipre de Salamina a Pafos; daqui chegaram à costa do sul de Anatólia, hoje Turquia, passando por Atalía, Perge de Panfilia, Antioquia de Psidia, Iconio, Listra e Derbe, desde onde regressaram ao ponto de partida. Havia nascido assim a Igreja dos povos, a Igreja dos pagãos.Enquanto isso, sobretudo em Jerusalém, havia surgido uma dura discussão sobre se estes cristãos precedentes do paganismo estavam obrigados a entrar também na vida e na lei de Israel (várias prescrições separavam Israel do restante do mundo) para participar realmente das promessas dos profetas e para entrar efectivamente na herança de Israel. Para resolver este problema fundamental para o nascimento da Igreja futura se reuniu em Jerusalém o assim chamado Concílio dos Apóstolos, para tomar uma decisão sobre este problema, do qual dependia o nascimento efectivo de uma Igreja universal. Decidiu-se que não havia que impor aos pagãos convertidos as prescrições da lei mosaica (Cf. Actos 15, 6-30): ou seja, não estavam obrigados a respeitar as normas do judaísmo; a única necessidade era ser de Cristo, viver com Cristo e segundo suas palavras. Deste modo, sendo de Cristo, eram também de Abraão, de Deus, e participavam de todas as promessas.Após este acontecimento decisivo, Paulo se separou de Barnabé, escolheu Silas, e começou a segunda viagem missionária (Cf. Actos 15, 36-18,22). Após percorrer a Síria e a Cilícia, voltou a ver a cidade de Listra, onde tomou consigo Timóteo (figura muito importante da Igreja nascente, filho de uma judia e de um pagão), e fez que se circuncidasse. Atravessou a Anatólia central e chegou à cidade de Tróade, na costa norte do Mar Egeu.Aqui aconteceu um novo acontecimento importante: em sonhos viu um macedónio na outra parte do mar, ou seja, na Europa, que lhe dizia: «Vem para ajudar-nos!». Era a Europa futura que lhe pedia ajuda e a luz do Evangelho. Movido por esta visão, entrou na Europa. Partiu para Macedónia, entrando assim na Europa. Após desembarcar em Neápolis, chegou a Filipos, onde fundou uma maravilhosa comunidade, logo passou a Tessalónica e, deixando esta cidade por causa de dificuldades com os judeus, passou por Berea até chegar a Atenas.Nesta capital da antiga cultura grega pregou, primeiro no Ágora e depois no Areópago, aos pagãos e aos gregos. E o discurso do Areópago, narrado nos Actos dos Apóstolos, é um modelo sobre como traduzir o Evangelho em cultura grega, como dar a entender aos gregos que este Deus dos cristãos, dos judeus, não era um Deus estrangeiro a sua cultura, mas o Deus desconhecido que esperavam, a verdadeira resposta às perguntas mais profundas de sua cultura.De Atenas chegou a Corinto, onde permaneceu um ano e meio. E aqui temos um acontecimento cronologicamente muito seguro de toda sua biografia, pois durante essa primeira estadia em Corinto, teve de comparecer perante o governador da província senatorial de Acácia, o pró-cônsul Galião, acusado de um culto ilegítimo. Sobre este Galião e o tempo que passou em Corinto existe uma antiga inscrição, encontrada em Delfos, onde se diz que era pró-cônsul de Corinto entre os anos 51 e 53. Portanto, aqui temos uma data totalmente segura. A estadia de Paulo em Corinto aconteceu nesses anos. Portanto, podemos supor que chegou mais ou menos no ano 50 e que permaneceu até o ano 52. De Corinto, depois, passando por Cencres, porto oriental da cidade, dirigiu-se para a Palestina, chegando a Cesaréia Marítima, desde onde subiu a Jerusalém para regressar depois a Antioquia de Orontes.A terceira viagem missionária (CF. Actos 18, 23-21, 16) começou como sempre em Antioquia, que se havia convertido no ponto de origem da Igreja dos pagãos, da missão aos pagãos, e era o lugar no qual nasceu o termo «cristãos». Aqui, pela primeira vez, nos diz São Lucas, os seguidores de Jesus foram chamados de «cristãos». Daí, Paulo foi directamente a Éfeso, capital da província da Ásia, onde permaneceu durante dois anos, desempenhando um ministério que teve fecundos resultados na região. De Éfeso, Paulo escreveu as Cartas aos Tessalonicenses e aos Coríntios. A população da cidade foi instigada contra ele pelos vendedores locais, que experimentaram uma diminuição de sua renda por causa da redução do culto a Artemísia (o templo que a ela dedicado em Éfeso, o Artemisião, foi uma das sete maravilhas do mundo antigo); por este motivo, teve de fugir para o norte. Depois de voltar a atravessar a Macedónia, desceu de novo à Grécia, provavelmente a Corinto, permanecendo ali três meses e escrevendo a famosa Carta aos Romanos.Daí voltou sobre seus passos: voltou a passar pela Macedónia, chegou de barco a Tróade e, depois, passando pelas ilhas de Mitilene, Quíos, Samos, chegou a Mileto, onde pronunciou um importante discurso aos anciãos da Igreja de Éfeso, oferecendo um retrato do autêntico pastor da Igreja (Cf. Actos 20). Daqui, voltou a partir em vela para Tiro, e logo chegou a Cesareia Marítima para subir uma vez mais a Jerusalém. Ali foi preso por causa de um mal-entendido: alguns judeus haviam confundido com pagãos outros judeus de origem grega, introduzidos por Paulo na área do templo reservada aos israelitas. A condenação à morte, prevista nestes casos, foi suspensa graças à intervenção do tribuno romano de guarda na área do templo (Cf. Actos 21, 27-36); isto aconteceu enquanto na Judeia era procurador imperial Antonio Félix. Após um período na prisão (cuja duração é debatida), dado que Paulo, por ser cidadão romano, havia apelado a César (que então era Nero), o procurador sucessivo, Porcio Festo, lhe enviou a Roma custodiado militarmente.A viagem a Roma passou pelas ilhas mediterrâneas de Creta e de Malta, e depois pelas cidades de Siracusa, Regio de Calábria e Pozzuoli. Os cristãos de Roma saíram para recebê-lo na Via Apia até o Fóum de Appius (cerca de 70 quilômetros ao sul da capital) e outros até as Três Tabernas (a 40 quilómetros). Em Roma teve um encontro com os delegados da comunidade judaica, a quem lhes confiou que estava preso pela «esperança de Israel» (Cf. Actos 28, 20). Mas a narração de Lucas conclui mencionando os dois anos passados em Roma sob custódia militar, sem mencionar nenhuma sentença de César (Nero) nem sequer a morte do acusado.Tradições sucessivas falam de uma libertação, de que teria empreendido uma viagem missionária à Espanha, assim como um sucessivo périplo em particular por Creta, Éfeso, Nicópolis em Epiro. Entre as hipóteses, se conjectura uma nova prisão e um segundo período de encarceramento em Roma (onde teria escrito as três cartas chamadas pastorais, ou seja, as duas a Timóteo e a de Tito) com um segundo processo desfavorável. Contudo, uma série de motivos leva muitos estudiosos de São Paulo a concluirem a biografia do apóstolo com a narração de Lucas nos Actos dos Apóstolos.Sobre seu martírio voltaremos a falar mais adiante, no ciclo de nossas catequeses. Por agora, neste breve elenco das viagens de São Paulo, é suficiente tomar conhecimento de como se dedicou ao anúncio do Evangelho sem economizar energias, enfrentando uma série de duras provas, das quais nos deixou a lista na segunda carta aos Coríntios (Cf. 11, 21-28). Portanto, ele mesmo escreve: «Tudo isto faço pelo Evangelho» (1Cor 9, 23), exercendo com total generosidade o que ele chama de «a preocupação por todas as Igrejas» (2 Cor 11, 28). Vemos que seu compromisso só se explica com uma alma verdadeiramente fascinada pela luz do Evangelho, enamorada de Cristo, uma alma baseada em uma convicção profunda: é necessário levar ao mundo a luz de Cristo, anunciar o Evangelho a todos.Me parece que esta é a conclusão desta breve resenha das viagens de São Paulo: ver sua paixão pelo Evangelho, intuir assim a grandeza, a maravilha, a necessidade profunda do Evangelho para todos nós.Rezemos para que o Senhor, que fez Paulo ver sua luz, que fez Paulo escutar sua Palavra, que tocou seu coração intimamente, nos faça ver também sua luz, para que também nosso coração fique tocado por sua Palavra e também nós possamos dar ao mundo de hoje, que tem sede, a luz do Evangelho e a verdade de Cristo.Tenho recebido com profunda tristeza as notícias sobre os actos de violência contra as comunidades cristãs no Estado indiano de Orissa, iniciados após o lamentável assassinato do líder hindu Swami Lakshmananda Saraswati. Até agora foram assassinadas algumas pessoas e outras foram feridas. Se destruíram também centros de culto, propriedades da Igreja e casas privadas.Condenando firmemente todo ataque contra a vida humana, cujo carácter sagrado exige o respeito de todos, e expressando proximidade espiritual e solidariedade aos irmãos na fé que foram tão duramente provados, imploro ao Senhor que os acompanhe e apoie neste tempo de sofrimento e que lhes dê força para continuar no serviço de amor a favor de todos.Convido os líderes religiosos e as autoridades civis a trabalharem juntos para restabelecer entre os membros das diferentes comunidades a convivência pacífica e a harmonia que sempre foram característica distintiva da sociedade indiana.

MISTÉRIOS GOZOZOS 

Mistério: A anunciação do Anjo a Maria e a incarnação do Filho de Deus

“Deus salvou-nos ao manifestar-se a bondade de Deus nosso Salvador e o seu amor para com os homens” Tito, 3, 4. E poderá haver maior amor, do que o próprio Filho de Deus se fazer, em tudo igual a nós, excepto no pecado?!...
Neste Mistério, tenhamos presente São Paulo, verdadeiro modelo de inculturação e cujo ardor missionário o levaria a dar a sua vida para anunciar o Verbo de Deus incarnado.
Peçamos-lhe a sua especial intercessão para todos os missionários que em África vivem hoje uma vida dedicada a AMAR.
 

Mistério: A visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel

Jesus confiou uma missão a cada de nós, que passa, acima de tudo, pelo amor e doação ao próximo. Tal como Maria foi ao encontro de sua prima Isabel, para lhe dar o seu apoio, amor e carinho, também nós devemos ir ao encontro do outro, tentar perceber os problemas e angústias daqueles que estão à nossa volta. Devemos tentar colocar-nos no papel do outro e dar... sem esperar nada em troca... dar o que de melhor existe em nós...
O modo de vida do povo africano é o exemplo mais puro de que, de facto, é possível viver para os outros... Num lugar onde se vivem problemas tão graves, onde por vezes é tão difícil sobreviver às doenças e à fome, onde as necessidades mais básicas se fazem sentir.., a partilha e o amor pelo irmão ganham outro sentido... e as pessoas dão o pouco que têm com um sorriso.
 

3º Mistério: O Nascimento de Jesus em Belém

Eis a Boa Nova: Deus veio ao mundo. Jesus nasceu. Jesus, um corpo que vive e respira e um corpo místico, é o reflexo da própria vida de Deus. Condescendente e humilde, chama-nos a viver essa vida de Deus, agora - na Terra - e depois - na Glória.
E nós, com a nossa vida e alma renascidas em Jesus, devemos procurá-Lo e, à sua semelhança, amar a todos - aqueles que O conhecem e aqueles que precisam Dele, do Seu consolo e da Sua Paz.
Jesus nasceu para viver a nosso lado. Somos, assim, chamados a dar o nosso testemunho de Vida e a dar, também, continuidade ao Natal no Mundo.

4° Mistério:A Apresentação do Menino Jesus no Templo


«Irmãos, não me julgo como se já o tivesse alcançado. Mas uma coisa faço: esquecendo-me daquilo que está para trás e lançando-me para o que vem à frente...» (Fil 3,13). São Paulo, através da sua carta aos Filipenses, recorda-nos que deixou o seu passado e se lança à descoberta de Jesus Cristo.
Rezemos pelos que sabem enfrentar e ultrapassar, unidos a Cristo, todas das dificuldades que a vida lhes apresenta e estejam sempre dispostos a começar de novo. Rezemos, também, pelos que mais sofrem em África, devido à sua acção missionária e evangelizadora

Mistério: Perda e encontro de Jesus


Esta página do Evangelho que meditamos, projecta sobre nós uma luz que ilumina a nossa história. E certo que nesta passagem Jesus anuncia aquilo que seria o Seu projecto de vida: “ocupar-Se das coisas de Seu Pai”, projecto que viverá na sua vida pública, uns anos mais tarde e, sobretudo, no momento mais alto que será a entrega da Sua vida, numa fidelidade total ao plano salvífico, realizado numa comunhão de amor com o Pai. Mas, também, é certo que o texto nos fala dos encontros e desencontros entre Pais e Filhos. Neste mistério vamos pedir por uma intenção particular que fere a dignidade de tantos jovens adolescentes, particularmente no continente africano: o problema das crianças soldado que neste continente arranca pré adolescentes ao seio familiar, para os projectar num ambiente de violência que desorienta as suas jovens personalidades. Confiemos a Maria, Mãe atenta de Jesus e nossa que proteja estes jovens.
 

MISTÉRIOS LUMINOSOS 

1° Mistério:O Baptismo de Jesus no Rio Jordão

É-nos familiar o relato evangélico do Baptismo de Jesus, relatado pelos sinópticos (Mt.3, 13-17; Mc. 1, 9-11; Lc. 3, 21-22)
Jesus mistura-se com a multidão que, seguindo o convite de João à conversão, baptiza-se em solidariedade com o seu povo, “passando por um de tantos”, como diria S. Paulo.
Com o seu Baptismo, Jesus inaugura, oficialmente, a chegada do REINO de Deus, do qual, pela força do Espírito Santo, vai ser o Protagonista.
Peçamos, neste Mistério, que os cristãos da Europa reavivem a vivência baptismal e o consequente compromisso missionário.
 

Mistério: A revelação de Jesus nas Bodas de Caná

O primeiro sinal profético da actividade messiânica de Jesus, realiza-se num casamento. Jesus integra-se nas realidades quotidianas, pois é nelas que o Seu projecto de Salvação se realiza e torna presente. É por solicitação de Maria, Sua Mãe, que adianta este sinal. A simples insinuação “não têm vinho”, segue a proposta aos serventes: “Fazei o que Ele vos disser”. E o vinho superabundou, como se esperava que acontecesse nos tempos messiânicos. E diz o Evangelho que os Seus discípulos acreditaram n’Ele. Rezemos para que todos os cristãos, sobretudo os da Europa, sejam sensíveis às carências dos que vivem alguma aflição.
 

3°Mistério:A proclamação do Reino de Deus, com o convite à conversão

Jesus convida-nos.., propõe... interpela-nos...!
E nós?... Nós, ou invocamos o silêncio ou convocamos a pró-acção!
Contigo Maria, aceitamos o apelo do Teu Filho e assumimos criativamente o Seu Reino. Contigo e como tu Maria, fazemos das nossas fraquezas fortaleza, pois “Feliz daquele que não se condena a si mesmo exercendo o seu discernimento.” (Rom 14, 22b).
Jesus convida-nos... propõe... interpela-nos...! Jesus pergunta-nos: E tu?...

4° Mistério:“A transfiguração de Jesus no Monte Tabor” (Mc 9, 1-9)

S. Paulo, depois de se ter convertido assumiu como missão anunciar a Boa Nova do reino de Deus, apesar das perseguições, dos maus-tratos, do sofrimento. Hoje, nas sociedades modernas, como a Europa, torna-se cada vez mais difícil fazer brotar a Palavra de Deus em terras adubadas pela ganância, pelo desejo de poder, pelo poder do dinheiro. Que saibamos ser bons ouvintes’da Palavra de Deus, como Pedro, Tiago e João, e que, à semelhança de S. Paulo, tenhamos a coragem de deixar Cristo viver em nós.

5° Mistério: A instituição da Eucaristia
 

A Eucaristia é fonte de vida para a Igreja e toda a sua acção encontra nela uma fonte de inspiração. Nestes mistérios em que rezamos, de forma particular, pela velha Europa, não podemos deixar de pensar que este continente tem na sua matriz, valores que têm a ver com a sublime lição da Eucaristia: o sentido da partilha à imagem do Pão da Eucaristia que parte e reparte para a todos alimentar. Este continente detém, proporcionalmente ao resto do mundo, um ambiente de bem-estar e de riqueza, que o faz ser um destino apetecível para tantos homens e mulheres de outros continentes que aqui tentam chegar, ainda que com risco de vida.
Que este continente, donde partiram tantos missionários que levaram pelo mundo o dom da Eucaristia, saiba, por meio de projectos de partilha, traduzidos em outros tantos projectos de desenvolvimento, manifestar esta força de partilha e solidariedade que se aprende na Eucaristia.
 

 MISTÉRIOS DOLOROSOS 

1° Mistério:A agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras

É noite, o Filho de Deus prepara-se para concluir a Sua Missão no meio dos homens. Toda a vida de Jesus foi um sacrifício entregue ao Pai pelos seus Irmãos. Este sacrifício diário, silencioso e fiel preparou - O para a Grande Hora. Jesus, na Sua natureza humana, sente repulsa perante o sofrimento, mas aceita-o para a salvação do mundo. Jesus experimenta todos os dramas da família humana: os de ontem, os actuais e os que virão até á sua nova vinda. Unidos a Jesus rezemos por e com todos os que no continente Americano trabalham, sofrem e rezam para serem fiéis ao seu Baptismo.  

Mistério: A Flagelação de Jesus

“Não se valeu da sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a Si próprio”, diz S Paulo.
Na verdade, Senhor, não precisas de experimentar esse flagelo, mas é o Teu amor, o Teu zelo pelos irmãos, que Te entrega a semelhante dor.
Depois de 2000 anos continua a dar-se a flagelação: Homens desapropriados de suas terras; famílias atormentadas pelo rapto dos seus filhos; leis déspotas que se opõem à lei natural, do direito à vida.
Rezemos ao Pai que nos ajude a ser solidários com todos os que são flagelados com leis injustas.
 

3º Mistério: Jesus é coroado de espinhos (Mt 27, 27 ss)

Que os nossos corações despojados de artifícios, venham lavar-se no sangue de Jesus, causado pelos espinhos da vergonha. Peçamos perdão por esse desprezo de Deus, que nos ama até deixar-se ridicularizar para nós e por nós.
“Assim, também, todos os que aspiram a viver piedosamente em Cristo hão-de sofrer perseguições.” (2 Tim 3, 12). Rezemos pela Igreja que sofre em qualquer continente, principalmente na América.
 

4° Mistério: Jesus leva a Cruz para o Calvário (Mc 15, 20-23)

“Como é generoso este Mistério! Era por vós que Eu dava as Minhas últimas forças, suportando os vossos desprezos. “Será que por vos ter maior amor sou menos amado?” (Conf. 2Cor 12, 15)
A minha dor agravava-se e era com milhares de cruzes que Eu concluía a Minha subida ao Calvário.
Comigo, sede Cireneus e Verónicas de todos os condenados inocentes!
“Levai os fardos uns dos outros, e assim cumprireis a Lei de Cristo” (Gál 6, 2)

Mistério:A Crucifixão e Morte de Jesus Lc. 23, 44-46
A Cruz, é lugar de oferta e de amor total, pois “a maior prova de amor é dar a vida pelos amigos”. E do alto da Cruz, lugar do sofrimento e da humilhação, Jesus entrega-se ao Pai, confia no seu amor.
Ao morrer Jesus atrai todos a si.
Apresentamos-Te, Senhor, todos os que hoje continuam a ser crucificados no Mundo, de um modo especial no Continente Americano. Pedimos-Te Senhor, que transformes a dor em alegria e todas as formas de crucifixão e morte em vida e libertação.
 

MISTÉRIOS GLORIOSOS 

Mistério:A Ressurreição de Jesus

Que poder e que força transformadora tem que ter a Ressurreição de Jesus, para poder transformar em vida, em vitória, em felicidade plena, tanta dor, tanto sofrimento e tanta morte, que existe!... Lembremos, por exemplo, as últimas catástrofes ocorridas na Ásia. Parece mesmo impossível!!! Mas a Fé diz-nos, que assim vai acontecer e Paulo, ficava quase doente, quando a certeza da Ressurreição dos cristãos vacilava, ou diminuía.
Peçamos à Senhora da Ressurreição, por meio de Paulo que:
- Sejamos pessoas que expressam “PASCOA” sempre e em todas as circunstâncias.
- Que todos, mas de modo especial as MULHERES, sejamos MISSIONARIAS da FELIZ NOTICIA da Ressurreição de Jesus e da nossa.
 

Mistério:A Ascensão de Jesus ao Céu

Se Cristo, a nossa Cabeça e o nosso Irmão mais velho, já está no Céu; se Ele foi preparar lá um lugar para cada um de nós; se Paulo reza para podermos compreender a esperança a que fomos chamados, a incomensurável grandeza de Deus e os tesouros de glória, que constituirão a herança dos Santos, como podemos não desejar o Céu?! Não admira, pois, que os Apóstolos tenham ficado a olhar para o alto, depois da Ascensão...Foi preciso um anjo vir dizer-lhes que pisassem e olhassem a terra...Ao olhá-la, inundados, ainda, pelo esplendor da Ressurreição e Ascensão de Jesus, que força e que vontade não teriam sentido de ir por todo o mundo a contar as maravilhas de Deus e a fazer tudo para transformar este nosso Mundo? Ah, como seria sincero o seu Grito: VEM SENHOR JESUS!  

3°Mistério: A Descida do Espírito Santo

Pai, por este glorioso Mistério, faz descer sobre nós o teu Santo Espírito, para que, tal como fez com os Teus Discípulos, reunidos junto de Maria, no Cenáculo, nos chame à Missão de levar a todos os povos a imagem da Tua presença, o dom da Tua Paz e a protecção do Teu amor.
Que o Teu Espírito derrame sobre nós os dons que iluminaram Paulo, a caminho de Damasco, para que levemos o Teu conforto àqueles que, na Ásia e na Oceania, têm sido vítimas de tantos sismos, inundações, ciclones e cujas catástrofes se agravam muitas vezes, com a tirania dos poderosos.

Mistério:A Assunção de Nossa Senhora


A Assunção de Maria ao Céu sela, de forma privilegiada, esta dignificação da humanidade que começa com a Encarnação do Verbo de Deus. Em Maria é a nossa humanidade que recebe o antídoto da degradação.
Nestes mistérios rezamos pela Ásia e Oceânia. É na Ásia que se situam duas das maiores potências em ascensão: a China e a Índia, cujo desenvolvimento imparável não pode deixar de ser olhado com alguma apreensão, pelo modo como é realizado, sem preocupação nem pelo meio ambiente, nem pelos direitos e dignidade das pessoas.
Neste mistério que nos fala de subida, peçamos a Deus por meio de Maria assumpta ao Céu, que o desenvolvimento económico não se faça em detrimento da dignidade humana, e do bem-comum ambiental, mas seja sempre algo que concorra positivamente para que esta humanidade cresça, segundo a sua vocação espiritual, que tem a marca de Deus.
 

5º Mistério:A Coroação de Nossa Senhora, Rainha

Que Maria, a primeira e a mais importante dessas primícias, interceda para que não nos falte o pão, a paz e os favores de Deus. Que a nossa Terra se transforme num “reinado”, do qual Maria se possa alegrar por ser a sua Rainha.
Que Ela olhe, principalmente, por Timor-Leste, jovem nação que tanto gosta de A invocar através da oração do Terço, para que caminhe agora para a verdadeira independência e para a paz.
   

 

Regressar