A Mulher
Como elevar a autoestima feminina e transbordar felicidade?
- 26-01-2022
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É tão interessante como nós procuramos receitas para o
sucesso e a felicidade. Dentro de nós acontece esta busca incansável pela
plenitude, que, muitas vezes, gera frustração. Tudo isto acontece porque o ser
humano tem necessidade de preencher este vazio que existe dentro dele, e do
qual Santo Agostinho já dizia: somente Deus é capaz de preencher este vazio e
proporcionar ao ser humano a plenitude que ele tanto busca.
A autoestima é uma dessas buscas desenfreadas que temos. E o
que é autoestima? É o resultado final de um conjunto de percepções que a pessoa
tem de si. Esta visão engloba a sua forma de pensar, agir e sentir, que podem
ser positivas ou negativas, depende da forma como foi construída por cada
pessoa. No entanto, esta visão oscila conforme o momento que vivemos; e nós
mulheres temos um agravante, que é o ciclo hormonal. Este ciclo influencia directamente
o humor e, consequentemente, a nossa visão do mundo e sobre nós mesmas. Já percebeste
quanto nos sentimos bonitas quando estamos no período fértil? E quanto nos
sentimos “horrorosas” quando nos aproximamos da menstruação? Este é um ponto
importante para cada mulher: conhecer quanto a sua visão sobre si fica
distorcida ao longo do ciclo hormonal e quanto ela é real.
É necessário ter autoconhecimento
Qual seria, então, a melhor forma de promovermos a nossa
autoestima? Trabalhar com o real e o imaginário. Aproximarmos, o máximo que
conseguirmos, a nossa imaginação, o nosso ideal, do que realmente é possível.
Sermos objectivas connosco mesmas é um caminho muito bom!
Sabe dizer-me o que a faz feliz? Quais são as suas metas para
este ano? Os seus projectos de vida? Saber dar estas respostas proporciona-nos
uma construção positiva da nossa autoestima.
Precisamos de saber o que nos faz sentir realizadas. É sermos
mulheres bem-sucedidas profissionalmente? Termos filhos e cuidar deles? Termos
um corpo escultural? Sermos mulheres que se dedicam à vida cristã/religiosa? Ou
quando cuidamos dos nossos pais? Estes desejos precisam de ser reais.
Precisamos de ser verdadeiras. Como reconhecemos isso? Respondendo à seguinte
pergunta: “Gastamos a maior parte do nosso tempo investindo em quê? No
trabalho? Em casa com os filhos e com o esposo, ou com os pais? Na academia e
fazendo comida fitness? Ou estudando a Bíblia, o Catecismo e realizando actividades
ligadas à Igreja?
Ser feliz e autorrealizada
É claro que, por vezes, passamos grande parte do nosso dia
realizando actividades que não nos proporcionam prazer nem realização. É por
isso que chamo à atenção aqui: o que fazemos, no dia a dia, faz-nos felizes,
mesmo que não recebamos nada em troca? Sentimos uma alegria inexplicável por
fazermos isso? Ao encontrarmos esta resposta, começaremos a encontrar a direcção
da nossa autorrealização, porque, depois que sabemos o que nos faz felizes e
realizados, investimos mais tempo nisso e vemo-nos com satisfação por fazermos
tal escolha, pois nos vemos como uma mulher que sabe a direcção que a nossa
vida está a levar.
No entanto, não quero enganar ninguém, como Santo Agostinho disse,
eu digo novamente: o ser humano, longe de Deus, estará sempre em busca de algo,
e nunca estará satisfeito. Mas aquele que sabe o seu lugar na vida com Deus e O
aceita, torna-se pleno, mesmo não tendo nenhum reconhecimento externo, aplausos
nem elogios. Quem se abre à rica experiência com Deus na sua vida compreende
melhor o mundo, aceita melhor as suas limitações e sabe que a sua
autorrealização não está apenas numa dimensão egoística, mas em fazer o que é
vontade de Deus na sua vida. Com Deus, a autorrealização acontece com mais
eficácia.
Aline Rodrigues