Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

A IGREJA

Falta sentido de comunidade na tua freguesia ou grupo? Tu podes melhorá-lo com estes 5 passos fáceis

 

Um lance, uma conversão ou uma simples coincidência. Um dia "o primeiro" a ir a uma nova paróquia, sozinho ou em família. Não é raro que, no fim da missa, os novos paroquianos, ao sair, sintam frio. Ninguém vem cumprimentá-los ou encontrá-los. Muitas vezes a resposta será simples e direta: eles não voltarão à missa.

Foi assim que o evangelizador Marcel LeJeune, fundador do programa Discípulos Missionários Católicos, a viveu.

Recém-casado, mudou de cidade com a família e teve de procurar uma nova paróquia, tentando por todos os meios integrar-se numa comunidade e ir ao encontro dos fiéis.

"Ninguém nos acolheu, ninguém se aproximou, ninguém nos cumprimentou pela primeira vez", lembra.

A autêntica comunidade católica

A sua "experiência não é incomum", mas a sua resposta é: depois de um ano de tentativas fracassadas, ele e a sua esposa tomaram a iniciativa e reuniram outros casais recém-casados com o objectivo de "fazer algo, mesmo que fosse imperfeitamente. Começámos a aprender sobre a autêntica comunidade católica, como ela pode ser difícil e crescemos como discípulos à medida que éramos desafiados a viver a nossa fé".

De acordo com a sua experiência e a definição de comunidade, um grupo de pessoas ligadas por características ou interesses comuns", LeJeune estava ciente de que a comunidade, na esfera católica, "deve ser mais como uma família do que um clube, não se trata de concordar ou conviver, mas de amar e cuidar uns dos outros, mesmo daqueles que você não gosta."

Isto foi feito pelos primeiros cristãos, que "viviam em comunidade, se reuniam regularmente, rezavam juntos, serviam e se responsabilizavam uns pelos outros e se conheciam", explica. O evangelho está cheio de exemplos.

Mas aquela comunidade de cristãos primitivos, "em geral, não se assemelha às paróquias de hoje".

Em primeiro lugar, explica, porque a autêntica comunidade católica "não é uma bolha", mas deve "chegar aos outros, atrair outros para os sacramentos, o seu significado é o bem do mundo e não só de quem vai à missa".

Como evangelizador, escritor e autor de vários livros, e presidente da Catholic Missionary Disciples, Marcel LeJeune é uma das vozes mais autorizadas na América do Norte sobre evangelismo.

Por outras palavras: "Comunidade não é o objectivo. Jesus é a meta, o céu é a meta, a santidade é a meta. Mas não podemos alcançá-lo plenamente sem uma comunidade católica forte. Quando focamos as nossas vidas em Jesus, no céu e na santidade, a comunidade não acontece necessariamente, mas é possível que ela surja. Mas é preciso iniciativa e vontade."

Ciente de que muitos fiéis e paróquias estão "presos" a este respeito, ele propõe cinco passos para construir uma comunidade católica forte.

1º) Tome a iniciativa

LeJeune e a sua esposa viram que tinham que "sair da zona de conforto e liderar", mesmo estando "mal equipados, sem experiência de liderança" ou "mais jovens" do que as pessoas ao seu redor. Deixaram de "esperar que outra pessoa agisse" e tomaram a iniciativa. "O que é preciso para construir uma comunidade e relacionamentos fortes é alguém para começar", explica.

2º) Oração, essencial na comunidade

Para se abrir "ao poder de Deus" e causar "um impacto espiritual na vida dos outros", a oração é necessária. "Se realmente queremos construir comunidades católicas fortes, devemo-nos comprometer a rezar por aqueles que desejamos ter na comunidade, mesmo por aqueles que ainda não conhecemos. Todos eles devem ser adicionados à lista de orações diárias", enfatiza.

3º) Não subestime algo tão simples como um convite

O simples acto de convidar alguém para uma reunião, um evento ou uma missa transmite muito: não só que essas pessoas se importam com quem as convida, mas que querem que isso faça parte da sua vida. E muitos estão à espera por esse convite. De acordo com os seus dados, "43% dos católicos não praticantes consideram reviver a sua fé, mas o que acontecerá se nunca forem convidados a fazê-lo?", questiona.

É algo que pode ser "extrapolado" para quem vai à missa, mas não tem amizades cristãs ou uma comunidade. Também eles "estão à espera de um convite", e é tão simples como "apresentar-se a alguém o fim da missa, conversar durante algum tempo e acabar por o convidar para uma reunião, uma refeição ou um café. Não é algo em que você tem que pensar muito, apenas fazer mais."

4º) Visão de longo prazo: disposição para servir

Mas segundo LeJeune, onde o "verdadeiro objectivo" está "no investimento", na dedicação do tempo.

"As pessoas que investem numa comunidade vão pensar mais em como servir os outros, em vez de perguntar 'o que eu ganho com isso?' Estas são as pessoas que estão dispostas a investir profundamente numa comunidade, mas com a visão de alcançar mais. Assim como você não pode ser discípulo de Jesus quando vive separado dEle, você não pode fazer parte de uma comunidade cristã e viver separado dos outros", explica. Portanto, uma comunidade cristã que não tenha liderança com iniciativa e visão de longo prazo tende a fracassar.

5) Como Jesus, construa pacientemente relacionamentos e confiança

Lejeune também propõe 'olhar para Jesus' e fazer como que Ele fez." Ele tomou a iniciativa pelos seus, orou por eles, convidou e investiu neles e teve um impacto profundo. Passou muito tempo com as pessoas, cresceu relacionamentos, desafiou os outros, deu-lhes responsabilidades, deixou-os falhar e perdoou-os e nós precisamos de fazer o mesmo", explica.

Trata-se de ter "iniciativa" nas relações com a comunidade, que não fiquem "na superfície", mas que tenham a paciência necessária para se conhecerem, construírem confiança, partilharem fraquezas e dialogarem uns aos outros.

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