A Confissão
Confessar-se ao menos uma vez por ano
- 17-03-2025
- Visualizações: 15
- Imprimir
- Enviar por email
Sempre que pecar gravemente, procure o sacramento da reconciliação
É o segundo mandamento da Santa Igreja: confessar-se ao menos uma vez por ano.
A Igreja ordena o mínimo que deve ser feito em relação à participação do sacramento da reconciliação. Mas, quando olhamos para a vida dos santos, percebemos quanto eles tinham consciência da importância da participação neste sacramento, a ponto de o procurar com extrema frequência, em intervalos pequenos, semanalmente, muitos deles.
Temos o exemplo de muitos santos: São João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá, São Pio, São Pio X, São Francisco de Sales, entre outros. Sendo assim, a primeira coisa que devemos compreender é: a Igreja orienta-nos o mínimo para que, um dia, cheguemos ao máximo desta mesma prática.
Portanto, devemos começar do mínimo que a Igreja nos pede até alcançarmos as alturas da santidade, vocação de todo o homem.
Há um pormenor importante que não pode ser esquecido, quando o assunto é confissão. Sempre que se comete um pecado grave (mortal), a pessoa deve procurar confessar-se com urgência. E, neste caso, não se deve apoiar no mandamento da Igreja e dizer para si mesma: “Eu já me confessei este ano”.
Seria um grande erro entender que se pode passar o ano inteiro em pecado mortal e confessar-se somente uma vez, como um simples protocolo. Não! Sempre que pecar gravemente, deve procurar o sacramento da reconciliação, ou seja, a confissão. Por conta disso, vale muito a pena conhecer um pouco mais sobre o que caracteriza o pecado leve (venial) e o pecado grave (mortal).
A terceira coisa que devemos ter em mente é esta: para aquele que procura regularmente a confissão sacramental, fica muito mais claro quanto se está a progredir e quanto se tem que progredir na vivência do Evangelho. É uma verdadeira ferramenta de purificação pessoal. Tem uma parcela de esforço humano, no que diz respeito a ter a disciplina de procurar a confissão, mas a maior parte fica por conta de Deus, é Ele quem faz o impossível a nosso favor, Ele que derrama a Sua graça sobre nós e purifica a nossa alma.
Portanto, temos vários cenários, aqueles que procuram a confissão apenas para obter um alívio da consciência, porque entendem que fizeram algo de errado e querem livrar-se deste peso. Noutro cenário, aqueles que passam longos períodos sem se confessar, vários anos sem ao menos se lembrar da obrigação do segundo mandamento da Igreja. E ainda há aqueles que pecam de maneira desmedida e não se importam de entrar na fila da comunhão, mesmo que estejam em pecado mortal. O bom católico, aquele que deseja a santidade, não deve ser assim, não deve ter estes maus hábitos; pelo contrário, deve ser alguém disciplinado em relação à participação dos sacramentos. Algumas dicas que podem ajudar.
1. Reserve uma data do mês para se confessar. Não há mistério quanto a isso: organize-se, veja qual dia do mês será possível procurar o sacerdote e seja fiel.
2. Estude sobre o sacramento e como confessar-se de maneira correta.
3. Faça um bom exame de consciência, examine a própria vida e não a dos outros. Escreva tudo num papel para usar no momento da confissão.
4. Arrependa-se verdadeiramente dos pecados cometidos. Isto é fundamental. O arrependimento é fruto da meditação que fazemos sobre o mal que cometemos e as suas consequências. Não basta o exame de consciência, é necessário arrepender-se.
5. Faça o propósito de não pecar novamente. Decida-se e proponha-se, com a ajuda da graça de Deus, não pecar novamente.
6. Acuse-se diante do sacerdote. Sim, acuse-se. Diga claramente e sem rodeios: “Eu fiz isto ou aquilo tantas e quantas vezes”.
7. Receba a absolvição do sacerdote.
8. Se o sacerdote lhe passar alguma penitência, cumpra-a.
Por meio do sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os nossos pecados e coloca na nossa alma a graça santificante, juntamente com as virtudes e dons infusos. É por meio destas virtudes e dons que Ele realiza uma obra de santificação no nosso ser.
Espero que tenha entendido a sabedoria da Igreja em lhe ordenar que, pelo menos, uma vez ao ano se confesse. E que tenha ficado clara a importância deste grande sacramento. Devemos procurá-lo sempre que necessário, Deus quer santificar-nos e esta é a nossa vocação maior. Então, mãos à obra!