O Homem
Ainda há homens de Deus?
Mesmo que pareça raridade, existem sim homens tementes a
Deus
Esta pergunta é geralmente feita por mulheres que desejam
namorar e casar com um homem que seja diferente da maioria que se vê hoje.
Entendamos “homens de Deus” aqueles que assumem compromissos e
responsabilidades, que sejam cavalheiros. Resumindo: dons masculinos que estão
intrínsecos no ser, por isso, são naturais (podemos até dizer que são
obrigações do homem, já que todas estas qualidades são desdobramentos do amor).
E se há a capacidade de amar, há a necessidade de eles serem assim. E realmente
está difícil encontrá-los hoje em dia.
Se pensarmos em tudo o que é o natural, ainda acrescido de
intimidade com Deus, amor às Suas Leis e desígnios, um rapaz que tenha a
sensibilidade de perceber as realidades eternas, sobrepondo-se às suas
circunstâncias e aos planos humanos, pode parecer ainda mais impossível.
Às vezes, tu menina, até achaste que estavas a pedir demais,
não é? Contudo, este é o desejo do Altíssimo para ti, mulher de Deus. Não te
deixes conformar com menos! Ainda há homens de Deus? É claro que há homens
tementes ao Senhor! Mesmo que pareça raridade, não há dúvida de que há muitos
rapazes por aí que são de Deus, que são homens de oração e levam uma vida
coerente com o Evangelho. Alias, só pertencem mesmo ao Senhor os que demonstram
estas características com atitudes e com a vida.
Então, tu podes pensar: “A resposta não parece ser simples
assim! Se há homens de Deus, porque é tão difícil encontra-los?”
Realmente, não vemos muitos homens honrados, porque a
mentalidade do mundo veio corromper toda a beleza do amor, tanto em homens como
em mulheres. Mas olha que também é muito raro encontrar uma mulher de Deus.
O primeiro ponto que q ter em conta, quando o rapaz quer ser
fiel ao Senhor e começa a namorar, é a castidade. Muitas vezes, e digo muitas mesmo,
são as namoradas que não querem viver a castidade, são elas que provocam o
rapaz. Mas não estamos aqui a discutir o que um sexo faz de errado e o outro
também, nem para medir quem tem mais culpa. A principal mensagem que quero
deixar é a seguinte: homens de Deus são atraídos por mulheres de Deus e
vice-versa.
Pessoas convertidas de verdade não se deixam levar só por
uma linda cara, um corpo bem feito, um sentimento de fogo de palha ou outra
superficialidade. É aí que já filtramos muitos candidatos. Sim, é um processo
racional, o qual tu tens de aprender a fazer ou vais-te deixar levar por
qualquer um. Não diminuas as tuas chances, és tu quem deve escolher melhor. Em
todo o início de relacionamento devemos encontrar afinidades na outra pessoa, e
que essas afinidades sejam à volta das coisas do Senhor.
Menina, sê de Deus; e, os homens que pertencem a Deus te
encontrarão! Que a tua vida seja um testemunho do amor divino. O rapaz
reconhecerá em ti uma beleza diferente, sem os apelos da sensualidade. Presta
atenção à maneira como te vestes, de verdade! Quando nós homens nos encantamos
com as curvas de uma mulher, os nossos instintos sexuais são provocados, e não
o nosso interesse no que há na tua alma. Percebemos uma beleza que vem mais
pela aparência do que pela doçura.
Depois, quando nos aproximarmos mais, a fidelidade nos
sugestiona uma mulher forte. Então, somos impulsionados a ser ainda mais fiel e
forte, não para competir, mas para fortalecer a nossa relação com o Senhor e
connosco mesmos. Esta fidelidade e força relembra-nos e reafirma o nosso dom de
proteger as mulheres. Sabemos que estes dons (protecção, fidelidade e força) só
os encontraremos em Deus, e queremos buscá-los ainda mais. A mulher torna-se
sustento ao homem por aquilo que ela é, sem forçar nada.
Por último, quando temos a certeza de que aquela mulher é de
Deus, convencemo-nos de que não temos o direito de extrair nem tocar no que
nela pertence exclusivamente ao Senhor. Nesse ponto, já nos comprometemos a
respeitá-la e amá-la para sempre, porque enxergamos que ela porta algo
sagrado. Seu corpo, seus dons, suas
aspirações, sua dignidade e alma, antes de serem nossos, são de Deus. O Senhor
se antecipou nela para nos encontrar e, agora, Ele nos põe como guardião do
nosso sagrado. O homem aprende a salvaguardar a sensibilidade, a feminilidade,
a sexualidade das mulheres e até aquilo que não entendem em vocês. Assim,
sentimo-nos homens ainda mais completos. Isso expressamos não só na castidade,
mas, em grande parte, por meio dela, desde o namoro até no casamento (também na
castidade própria de casados).
Não estou, com tudo isto, lançar a responsabilidade para as
mulheres, apenas digo que vocês são um grande sinal da essência da verdadeira
beleza, a qual é sustentada por uma fidelidade que gera força, uma força que
vem daquilo que é sagrado: o amor. E os homens de Deus precisam desse amor.
O Homem
Masculinidade: entenda o que é ser um homem de verdade
É possível ser homem de verdade, que expressa coragem,
emoção e responsabilidade
Muitos de nós homens temos tendência para sermos mais
práticos, para buscarmos as soluções dos problemas em vez de nos envolvermos
neles e falar deles. Às vezes, entramos na nossa ‘caixinha do nada’ para
sobrevivermos. Sim, ‘caixa do nada’. Diz-me, o que estás a pensar?” “Nada”.
“Fiz-te alguma coisa?” “Nada”. Nada é nada mesmo. Isto faz-nos viver a vida de
maneira mais livre, mas que o nosso ‘segredo do nada’ não nos impeça de nos
envolvermos no que vale a pena! O homem de verdade expressa poder e misericórdia.
Coragem e emoção!
Fico impressionado com o modo de Jesus. Ele era amigo,
encorajava e ensinava os discípulos, era um Pai para eles e para o povo. Jesus,
às vezes, ria com eles, ia para as festas com a malta, mas também batia o pé em
questões em que até mesmo os discípulos mais próximos discordavam. Era firme
quando era preciso e sabia estar em cada uma das situações.
O homem é protector
Gostamos de proteger o que nos é sagrado e importante,
especialmente as mulheres. Temos um desejo de doar a nossa vida a ponto de
doer! Basta olhar para a maioria dos heróis que foram criados pela nossa
imaginação, pela literatura e pelos filmes. Eles dão a vida por amor. Como
fazemos para doar a nossa vida à nossa maneira? Lembro aqui o que o tio do
Homem Aranha lhe disse, no primeiro filme, antes de ser assassinado: “Grandes
poderes requerem grandes responsabilidades”. É isto mesmo! O “poder” que nos
foi dado de sermos homens, tem como anexo, “de quebra”, grandes
responsabilidades. És capaz de as assumir?
É preciso ser homem de verdade
Lá no fundo do coração, a mulher quer mesmo um homem que a
faça feliz e cuide dela. O mundo vive a dizer-nos para viver a vida agora e nos
preocuparmos com coisas sérias depois. Mas o nosso coração não funciona desta
maneira. Cada pedacinho de masculinidade em nós protesta contra isto! Deus
criou-nos para sermos guerreiros, para lutarmos pelo que é certo e pelo
verdadeiro amor. Isto não é um sonho.
Lembro-me da cena do filme ‘Gigantes de Aço’, no qual o
Charlie entrega o seu filho, Max, aos cuidados da cunhada por não ter condições
nem disposição para o educar. Estava literalmente a fugir da luta! Fica bem
claro que o garoto já o amava e queria ficar com ele. O pai (Charlie), então,
indignado diz: “Sabes que não consigo cuidar de ti. Não sou o que tu mereces. O
que quer que eu faça?” Nessa hora, com os olhos cheios de lágrimas, Max diz
algo que me tirou o fôlego: “Eu só queria que você lutasse por mim”.
Somos homens livres, racionais, com um pé na terra e outro
na eternidade; temos inteligência para influenciar, direccionar e formar este
mundo, fazendo-o valer a pena. Qual a tua resposta diante desta proposta? Qual
a tua luta? Por onde recomeçar?
A nossa masculinidade não está encerrada no nosso corpo
sarado e viril, mas em todo o nosso ser. Não dá para pensar que o homem é
aquele ‘medroso’ que não sabe ser corajoso e, ao mesmo tempo, acolhedor. Não é
irónico que, um dia, o mundo tenha sido convidado a escolher a sua resposta a
partir destas duas visões de homem?
No dia do julgamento de Jesus, diante de Pilatos, foram
apresentados dois modelos de homem: Jesus, o revolucionário do amor, homem de
coragem e emoção, leão e cordeiro; e Barrabás, um revolucionário e lutador que
matou por uma causa pessoal.
Quem é que o povo escolheu?
Antes de o povo dar a resposta, Pilatos tentou mostrar quem,
de facto, era homem verdadeiro: Eis o Homem! Disse ele. Mas não escolheram
Jesus, pelo contrário, mataram-No!
Tentei mostrar o modelo de homem no qual precisamos de nos
espelhar, mas a resposta é tua, homem! Então, que modelo vais seguir? Dentro de
ti, quem ficará vivo? Jesus ou Barrabás?
Ainda existem homens de Deus?
Mesmo que pareça raridade, existem sim homens tementes a
Deus
Esta pergunta é geralmente feita por mulheres que desejam
namorar e casar com um homem que seja diferente da maioria que se vê hoje.
Entendamos “homens de Deus” como os que assumem compromissos e responsabilidades,
que sejam cavalheiros. Resumindo: dons masculinos que estão intrínsecos no ser,
por isso, são naturais (podemos até dizer que são obrigações do homem, já que
todas estas qualidades são desdobramentos do amor). E se existe a capacidade de
amar, existe a necessidade de eles serem assim. E realmente está difícil
encontrá-los hoje em dia.
Se pensarmos em tudo isto que é o natural, ainda acrescido
de intimidade com Deus, amor às Suas Leis e desígnios, um rapaz que tenha a
sensibilidade de perceber as realidades eternas, sobrepondo-se às suas
circunstâncias e aos planos humanos, pode parecer ainda mais impossível.
Às vezes, tu, menina, até achaste que estavas a pedir
demais, não é? Contudo, este é o desejo do Altíssimo para ti, mulher de Deus.
Não te deixes conformar com menos! Ainda existem homens de Deus? É claro que
existem homens tementes ao Senhor! Mesmo que te pareça raridade, não há dúvidas
de que há muitos rapazes por aí que são de Deus, que são homens de oração e
levam uma vida coerente com o Evangelho. Alias, só pertencem mesmo ao Senhor os
que demonstram estas características com atitudes e com a vida.
Então, pode pensar: “A resposta não parece ser tão simples
assim! Se existem homens de Deus, porque é tão difícil encontra-los?”
Realmente, a mentalidade do mundo veio corromper toda a
beleza do amor, tanto em homens como em mulheres. Mas, fica aqui um segredo:
também não é fácil encontrar uma mulher de Deus.
O primeiro ponto que “pega”, quando o rapaz quer ser fiel ao
Senhor e começa a namorar, é a castidade. Muitas vezes, e digo muitas mesmo,
são as namoradas que não querem viver a castidade, são elas que provocam o
rapaz. Mas não estamos aqui para discutir o que um sexo faz de errado e o outro
também, nem para medir quem tem mais culpa. O importante é que homens de Deus
são atraídos por mulheres de Deus e vice-versa.
Pessoas convertidas de verdade não se deixam levar só por um
rosto, um corpo, um sentimento de fogo de palha ou outra superficialidade. É aí
que já filtramos muitos candidatos. Sim, é um processo racional, o qual tens de
aprender a fazer ou então te vais deixar levar por qualquer um. Não diminuas as
tuas chances, és tu quem deve escolher melhor. Em todo o início de
relacionamento devemos encontrar afinidades na outra pessoa, e que estas
afinidades sejam à volta das coisas do Senhor.
Menina, sê de Deus; assim, os homens que Lhe pertencem te
encontrarão! Que a tua vida seja um testemunho do amor divino. O rapaz
reconhecerá em ti uma beleza diferente, sem os apelos da sensualidade. Presta
atenção às tuas roupas, de verdade! Quando nós homens nos encantamos com as
curvas de uma mulher, os nossos instintos sexuais são provocados, e não o nosso
interesse no que há na sua alma. Percebemos uma beleza que vem mais pela
aparência do que somente pela doçura.
Depois, quando nos aproximarmos mais, a sua fidelidade
sugestiona-nos uma mulher forte. Então, somos impulsionados a ser ainda mais
fiéis e fortes, não para competir, mas para fortalecer a nossa relação com o
Senhor e com nós mesmos. Esta fidelidade e força relembra-nos e reafirma o
nosso dom de vos proteger a vós mulheres. Sabemos que estes dons (protecção,
fidelidade e força) só os encontraremos em Deus, e queremos buscá-los ainda
mais. A mulher torna-se sustento do homem por aquilo que ela é, sem forçar
nada.
Por último, quando temos a certeza de que aquela mulher é de
Deus, convencemo-nos de que não temos o direito de extrair nem tocar no que
nela pertence exclusivamente ao Senhor. Neste ponto, já nos comprometemos a
respeitá-la e amá-la para sempre, porque vemos que ela tem algo sagrado. O seu corpo, os seus dons, as suas
aspirações, a sua dignidade e alma, antes de serem nossos, são de Deus. O
Senhor antecipou-se nela para nos encontrar e, agora, Ele põe-nos como guardião
do nosso sagrado. O homem aprende a salvaguardar a sensibilidade, a
feminilidade, a sexualidade das mulheres e até aquilo que não entendem em
vocês. Assim, sentimo-nos homens ainda mais completos. Isto expressamos não só
na castidade, mas, em grande parte, por meio dela, desde o namoro até no
casamento (também na castidade própria de casados).
Não estou, com tudo isto, a deitar a responsabilidade para
as mulheres, apenas digo que vocês são um grande sinal da essência da
verdadeira beleza, a qual é sustentada por uma fidelidade que gera força, uma
força que vem daquilo que é sagrado: o amor. Os homens de Deus precisam deste
amor.
Como o homem deve lidar com a mulher na TPM
Será assim tão difícil para os homens saber lidar com uma
mulher no período da TPM?
A tensão pré-menstrual (TPM) é um conjunto de sintomas que a
mulher manifesta um pouco antes da menstruação: ficar deprimida, irritada,
chorosa, angustiada ou cansada são alguns dos sinais da TPM.
Muitos, é claro, não perdem tempo em pôr uma dose de humor
no assunto e inventam outros significados para a sigla TPM: “Todos os Problemas
Misturados”; “Tira as Patas de Mim”; “Tocou, Perguntou, Morreu” entre outros.
Entretanto, falando para os homens, será mesmo tão difícil
assim saber lidar com uma mulher no período da TPM? Antes, vejamos algo sobre
nós.
Quando criou o ser humano, Deus colocou-o num jardim.
Interessante que não o introduziu numa cidadela nem numa oficina, ainda que
pequena, artesanal ou rústica (como seria conveniente pensarmos em algo nos
inícios) nem num campo.
O facto de o homem estar num jardim significa que ele estava
inserido na natureza, a qual possui os seus ciclos, as suas estações e processos.
E Deus fê-lo capaz de perceber isto, pois lhe deu como missão “cultivá-lo e
guardá-lo” (Gn 2,15). O ser masculino, que tem a tendência de ser mais objetivo
e racional, é capaz, sim, de perceber os tempos da natureza, observar como
melhor se desenvolve cada uma das diversas árvores, plantar na época certa os
vários tipos de frutos e grãos, saber com antecedência quando vai chover ou
não. Nisto, ele aprende que tudo tem um tempo e que é essencial respeitá-lo,
analisar e saber lidar com a gradualidade das coisas.
Mesmo com a correria da vida moderna, ainda encontramos
homens que sabem ensinar aos mais jovens e impetuosos a paciência e a meditação
nas adversidades. São homens que entendem a dinâmica da vida e sabem que nem
tudo pode ser obtido às pressas.
Em qualquer outro ambiente que Deus introduzisse o homem,
ele iria empreender ou construir e ter resultados um tanto mais imediatos; não
iria observar os processos nem aprender como poderia ser íntimo e amigo dos
ciclos da natureza. Imagina se Deus o colocasse num shopping com fast-food,
escadas rolantes, pegue e pague, etc. Mas o que é que isto tem a ver com o
ciclo e o humor feminino? O que tem a ver com a forma de nós homens buscarmos
agir de uma maneira melhor? Tem tudo a ver! Já explico.
Um tempo depois de tudo aquilo que havia no jardim, quando a
mulher lhe foi apresentada, o homem identificou-se com ela: “o osso dos meus
ossos e a carne da minha carne” (Gn 2, 23). Mulher, tão próxima ao homem e ao
mesmo tempo tão diferente. A mulher que, na sua natureza, tem também os seus
ciclos hormonais, tudo ligado à geração de vida.
“Não teria o homem, na sua essência, os dons e a sabedoria
para lidar com os ciclos da sua mulher?”
Por ser muito mais preciosa do que qualquer coisa neste
mundo para o homem, a mulher deveria experimentar a sensibilidade masculina de
poder respeitá-la e de se esforçar para compreender e ajudar a sua parceira.
Talvez, não somente “naqueles dias”, mas em tudo o que ela vive; afinal, o amor
se firmará pela doação de si e não só por sentimentos agradáveis pela outra
pessoa. A nossa verdadeira vocação de amor está em nos doarmos.
Então, aí vão algumas dicas de como melhor tratar a sua
namorada, noiva ou esposa na “TPM”.
– Acompanhe a amada, conheça o seu ciclo
É bom que ela se queira conhecer pelo Método Billings, uma
forma de entender o seu corpo e a mais natural e saudável para, no futuro
matrimónio, viver a sexualidade.
E quando o noivo ou
namorado está a par de tudo isto, é uma maneira a mais de ele a conhecer e
assim respeitá-la e amá-la.
– Procure ter paciência com a amada nos dias da chamada TPM
Os níveis dos hormônios no organismo masculino são mais
constantes; portanto, não temos noção dos efeitos que a variação hormonal
provoca nela todos os meses. Não a julgues segundo os teus conceitos!
Também será muito bom tu programares-te de antemão para os
dias mais tensos, já sabendo que, nesse período, terás de ser mais paciente.
– Deixa os esclarecimentos e as justificativas para depois
Se ela quer falar, deixa-a falar. Se ela tem uma tendência a
irritar-se com pouca coisa, deixa-a expressar-se e tenta não brigar. Olha
aquela máxima que diz: “Quando um não quer, dois não fazem guerra”. Na hora da
irritação de um, quando o outro revida, coisas pequenas e insignificantes
tendem a tornar-se gigantes e motivos de outras discussões futuras. Depois de
algum tempo, com ela mais calma, se tentares mostrar o teu ponto de vista,
talvez ela veja que realmente não tinha motivos para tanto, e até lhe peças
desculpas.
– Conscientiza-a
Chocolates e elogios podem funcionar no momento, mas o que
vale mesmo é tu, com o passar dos meses, comentar e tentar conscientizá-la das
suas reacções e o que podem, os dois, fazer para minimizar as manifestações da
tensão. Busquem um modo acertado de viver esses dias. Um exemplo: se ela não
quiser tocar em determinados assuntos nos dias de TPM, aceita.
– Percebe o que é próprio da TPM e o que não é
Com carinho e racionalidade, monstra que as manifestações
fora deste contexto, quando usadas como pretexto para ela se acomodar em
responder por seus ímpetos, vai desgastar a relação.
– Se for o caso, pede ajuda médica
Sabia que o homem sente medo?
Para alguns, dizer que homem tem medo é o mesmo que duvidar
da sua masculinidade
Esta afirmação, ainda, assusta muitas pessoas. Para alguns,
dizer que homem tem medo é o mesmo que duvidar da sua masculinidade. Para
outros, é dizer que estes homens são fracos, incapazes. No entanto, afirmar que
o homem também tem medo pode ser libertador, mais ainda, pode ajudar a muitos
homens, que dizem não ter medo de nada, a descobrirem o seu verdadeiro papel no
mundo: a missão dada a cada um pelo próprio Deus.
Para tanto, basta olharmos para São José, o pai adotivo de
Jesus. Se lermos atentamente o Evangelho segundo São Mateus, na passagem sobre
o Nascimento de Jesus, veremos que este grande santo sentiu medo em virtude de
tudo o que estava a acontecer na sua vida naquele momento. Diz o texto que
Maria estava prometida a José, mas, antes que coabitassem, ela engravidou por
obra do Espírito Santo. José, por ser homem bom, resolveu rejeitá-la
secretamente para não lhe causar mal (Cf. Mt 1,18-19). Ele já se tinha decidido
a isso, até que, em sonho, um anjo do Senhor lhe apareceu e disse: “José, filho
de Davi, não tenhas medo de acolher Maria como tua esposa, pois o que ela
concebeu é obra do Espírito Santo” (Mt 1,20).
O pai adotivo de Jesus teve medo. Se isto não fosse verdade,
o anjo não o teria tranquilizado e dito a frase: “Não tenhas medo”. Isto não
diminui o heroísmo e as virtudes de tão grande santo. Pelo contrário, mostra
que ele não somente teve medo, mas que também o enfrentou, confiando na Palavra
do Senhor. Com este impulso divino, assumiu a missão que lhe fora confiada.
O que aconteceu foi algo que precisamos de analisar à luz do
Antigo Testamento. São José sentiu-se perplexo e sem orientação diante de tão
grande mistério que, ele sabia, não seria capaz de compreender. Esta reação de
fuga diante da presença misteriosa de Deus e, ao mesmo tempo, de medo frente ao
chamamento divino, nós a vemos, sobretudo, repetidas vezes na história de
vários profetas e personagens do Antigo Testamento.
Este acto de José pode, então, significar o seu chamamento,
a sua vocação, que, após o assombro frente a tão grande mistério e, consequente
negativa diante de tão grande responsabilidade: assume a missão que lhe é
confiada de proteger a vida do Menino Jesus, Aquele que salva, Deus connosco.
Sendo assim, o texto apresenta-nos uma dinâmica que deseja chamar a nossa
atenção, entre outras coisas, para o chamamento e missão do pai adotivo de
Jesus.
É preciso transcender o medo
Tudo isto para nos dizer que é normal ter medo.
Especialmente nós homens. Podemos ter medo diante das situações complexas que
vivemos, ter medo frente às coisas novas que se nos apresentam, medo do
chamamento de Deus, medo de assumirmos o nosso papel no meio em que vivemos.
Pelo exemplo de São José, não podemos parar no medo. É
preciso transcender esse sentimento e captar nesses momentos a doce voz de
Deus, que nos chama para a missão e nos conduz pelos Seus caminhos. Para que
assim também levemos aos outros, e a nós mesmos, a salvação e a presença de
Jesus, o Deus connosco, como o fez o nosso glorioso São José por meio do seu
exemplo e, agora, pela sua intercessão.
Na hora da tribulação, o anjo não vos valeu? Valei-nos, São
José!
Todo o homem é chamado por Deus a ser um guerreiro
O homem traz em si a agressividade, o impulso por batalhar,
o coração de guerreiro
O nosso Deus é um Deus guerreiro. Esta é uma característica
forte, Nele e a sua morte de Cruz comprova isto. Para se entregar da forma como
Cristo se entregou, só um verdadeiro herói poderia ir até ao fim. Somos imagem
e semelhança desse Deus e, nós homens, de forma especial, somos chamados por
Deus a assumir o papel de guerreiros na luta por causas justas.
No primeiro livro de Samuel, capítulo 17, é dado início à
história de David. David era o oitavo filho de Jessé, mais novo e menos
preparado para ir à guerra, menos ainda para reinar sobre Israel. Ao ir até ao
acampamento do exército israelita, o jovem depara-se com o Filisteu Golias que
anda a amedrontar as tropas do Rei Saul, pois ninguém tinha coragem de lutar
contra ele.
Este trecho da história David mostra a sua força, a sua
inteligência e disposição em lutar por aquilo que para ele é importante. David
revela-se um guerreiro. Mas não um guerreiro qualquer, ele mostra que não basta
a um homem ser forte, ele precisa usar a sua força em causas nobres. David não
entra na batalha para ser reconhecido, mas luta pelo seu povo e pela honra do
seu Deus.
Hora da batalha
Jesus sabia muito bem quando deveria entrar numa batalha e
não temia usar a sua força, se necessário. Quando está no templo de Jerusalém e
se depara com um comércio montado, a sua ação é expulsar todos e derrubar as
mesas (Cf. Mt 21, 12). Jesus lutou pela casa de seu Pai, a sua intenção era
ensinar-nos que há certas batalhas que o homem precisa de travar. Da mesma
forma, no capítulo 4 do Evangelho de São Lucas 14 – 30, Jesus está na sinagoga
de Nazaré, e no fim dessa leitura vemos que Jesus se retira do meio do povo que
deseja lançá-Lo num precipício. Um guerreiro sabe também evitar batalhas
desnecessárias.
O homem traz em si a agressividade, o impulso por batalhar,
o coração de guerreiro. Isto não é algo ruim, porém hoje não temos referências
com quem possamos aprender a usar esta potência de forma positiva. Vemos este
dom perdendo o seu sentido e a nossa sociedade está cheia de homens que se
confundem na sua identidade, deixando-se dominar por prazeres e conquistas
pequenas. O Papa emérito Bento XVI diz: “Deus veio ao mundo para despertar em
nós a sede pelas grandes coisas”.
Ele precisa de ter firme em sua mente que Deus deseja estar
junto com ele nas batalhas. Mas, ensinam por aí que somos fracos, que não
conseguimos. Como então encontrar um meio de usar a nossa força de forma boa? O
Pai quer treinar-nos para isso, Ele quer dar-nos motivos fortes para usarmos
esta força, motivos nobres. O Salmo 144, 1, diz: “Bendito seja o Senhor, meu
rochedo, que treina as minhas mãos para a batalha e os meus dedos para o
combate”. Sim, Deus quer treinar-nos para usar a nossa força quando for
preciso.
O homem tem desistido
das suas batalhas e assim toda a humanidade perde. Um casamento, por exemplo, é
um motivo pelo qual todo o homem precisa de estar disposto a batalhar e assim
também pelos seus filhos, amigos, pela sua fé.
Legado de pai para filho
Na história da humanidade este legado era transmitido de
pais para filhos. Era com o seu pai que um jovem aprendia como usar a sua
força. Houve uma ruptura neste ciclo e os pais de hoje não sabem como ensinar
os filhos a assumirem o seu papel de homem, pois também não aprenderam isso. A
nós, cabe buscar em Deus a referência que precisamos. Deus é nosso Pai e Ele
quer treinar-nos, quer fazer-nos homens com toda a potencialidade que Ele
criou.
Para que possamos encontrar-nos na nossa identidade
masculina é preciso que, antes, nos encontremos no coração do Pai, no coração
de Deus. Se, primeiro, provarmos da experiência de que somos filhos amados de
Deus, poderemos assumir a nossa identidade e com isso retomar o ciclo de pais,
que são verdadeiramente pais, e filhos que se sentem filhos.
Somente no coração de Deus conseguiremos encontrar o caminho
que nos restituirá ao que realmente somos, homens guerreiros.
Sete características que a mulher procura no homem
A lista pode ser extensa, mas existem sete características
que a maioria das mulheres procuram num homem
A mulher, quando procura um homem para se relacionar, seja
amizade, namoro ou casamento, ela tem consigo alguns valores essenciais nessa
escolha. É semelhante à experiência de escolher uma roupa para o baile de
formatura ou uma festa esperada. Gastam-se horas pesquisando modelos, cores e
tipos de tecido, até encontrar o vestido ideal. Se fazemos essa selecção com
vestuários, muito mais deveríamos fazer com as pessoas que entrarão na nossa
intimidade e deixarão as suas marcas, sejam elas positivas ou negativas. Agora,
quando o assunto é namoro, essa lista de prioridades fica ainda mais extensa.
Muitas vezes, por não encontrar esse “homem”, as mulheres
vão diminuindo os itens prioritários que são essenciais num relacionamento
saudável. Portanto, atenção homens, vou elencar sete características que a
maioria das mulheres procuram em vocês.
1. Íntimo de Deus
O homem temente a Deus relaciona-se de maneira íntima com
Ele e vive lutando para viver os Seus mandamentos. É um homem de oração, que
coloca o Senhor no centro da sua vida e, como consequência, das suas escolhas.
É o líder espiritual que nada contra a corrente das ideologias anticristãs. “Eu
não me envergonho do evangelho, pois ele é a força salvadora de Deus para todo
aquele que crê (…)” (Rm 1,16).
2. Esteriótipo físico
A mulher não se detém necessariamente ao estético, a questão
é quando ela se sente “mexida” por algum rapaz. É a famosa frase: “Ele mexe
comigo”, é algo químico, biológico, que não tem muita explicação. É aquele “Q”,
do tipo: “Hum, ele é diferente, sinto-me atraída por ele!” A atracção física é
um dos ingredientes que a mulher procura, mas não o único, como nos recorda o
Papa emérito Bento XVI: “(…) a partir da atracção inicial e do ‘sentir-se’ bem
com o outro, educai-vos a ‘amar’ o outro, a ‘querer o bem’ do outro”.
3. Trabalhador
Esta é uma característica fundamental, pois a mulher
sente-se protegida ao lado de um homem que corre atrás do sustento do lar. “O
trabalhador merece o seu salário” (1 Tm 5,18). Se quando solteiro o rapaz já busca
a sua independência financeira e compra as suas coisas pessoais, é sinal de que
quando se casar terá condições de permanecer sustentando a família. O homem,
que é passivo, não luta por um emprego, não se quer estabelecer na vida, é
preguiçoso.
4. Fiel
“Aquele que é fiel será muito louvado” (Pr 28,20a). A
fidelidade é uma característica primordial, pois a confiança é algo que se
conquista com o tempo e, uma vez perdida, é muito difícil ser reconquistada. A
Teologia do Corpo, de São João Paulo II, diz que um dos maiores medos da mulher
é ser abandonada ou trocada por outra. Portanto, namorados, sejam fiéis às suas
namoradas, e caso vocês queiram romper com o relacionamento, façam isso antes
de se envolverem com outras mulheres. Para os casados, a fidelidade é um
compromisso assumido diante de Deus e dos homens. É mais sério ainda!
5. Honesto
O homem honesto é aquele que conquista tudo que pode sem o
peso na consciência de ter passado as pessoas para trás. A honestidade no
relacionamento é essencial para a construção de uma família cristã. O homem que
mente à mulher não é digno de confiança. É preciso honestidade no sentir, no
falar e no agir.
6. Cavalheiro/Romântico
A maioria das mulheres traz em si a fantasia do príncipe
encantado ou do Don Juan. Na vida real, há homens normais, que podem ser
cavalheiros e românticos. Alguns exemplos para ilustrar o que quero dizer:
abrir a porta do carro, puxar a cadeira para a mulher se sentar, surpreendê-la
com uma rosa e uma carta de amor, levá-la a passear, carregar as malas pesadas
em seu lugar e usar, com frequência, as palavras “perdão”, “obrigado” e “com
licença”. O bom humor acrescenta muito ao relacionamento e ajuda a surpreender
a amada. O amor alimenta-se de admiração e gestos concretos de amor.
7. Autoconfiante
O homem autoconfiante é aquele que passa segurança, pois
sabe usar a razão na hora de agir. Não é um “viajado”, que vive no mundo da lua
e não tem metas na vida. É o homem proactivo, que tem iniciativas e não se
deixa levar por qualquer ideologia e comentários. O homem autoconfiante é
emocionalmente maduro e não tem crises de ciúmes exagerados. É seguro de si,
pois sabe que quem o conduz é o próprio Deus!
Espero que essas sete características o ajudem, homem de
Deus, a encontrar a sua Maria. Lembrando que para encontrá-la você deve ser um
José. É como aquele que procura uma princesa para namorar e se casar. A
pergunta que lhe faço é: “Você tem sido um príncipe?”
Quando um homem deixa de ser homem?
A primeira pergunta é, na verdade, o que é ser homem?
Muitos homens vêem-se perdidos diante desta questão.
Parece-nos que, na atualidade, esta resposta tem sido difícil para muitos
deles, como se não existisse esta especificidade.
Segundo Griffa e Moreno, 2001, no livro “As chaves para a
psicologia do desenvolvimento”, a maior diferença entre os seres humanos é a
sexual, sendo que cada um de nós vive existencialmente como homem ou como
mulher. A diversidade sexual é anterior ao tipo de personalidade ou traço
caracterológico, sendo que esta diversidade constitui-se no momento da
concepção com a formação dos pares de cromossomos, e assim, esse par, determina
as características sexuais. No entanto, as diferenças não estão somente no
orgânico ou físico, pois todo o nosso ser, ou seja, o nosso psiquismo, é
sexuado. O sexo genético é gerado na concepção, mas a identidade sexual dos
seres humanos vai sendo construída progressivamente a partir desta
determinação.
O homem, segundo os mesmos autores, é um ser fecundante e a
mulher é a matriz da vida.
Questionamento
Quando é que um homem deixa de ser homem? A resposta que
percebemos é que o ser tem uma essência, e naturalmente o homem tem uma
essência; ao distanciar-se desta, o homem poderá deixar de ser plenamente
aquilo que é no seu fim último.
Certamente, o homem deixa de ser homem quando deixa de
realizar aquilo para o qual foi chamado. Quando o homem não realiza a sua
missão de ser homem, ele corre o risco de cair num vazio existencial, ele pode
perceber que está doente e distante da sua forma de ser e estar no mundo.
O homem tem um perfil, uma forma de viver no mundo e não há
como negar. Ele é uma pessoa e tem um papel na sociedade, nos seus
relacionamentos como também na sua família, ele tem uma identidade.
Tanto o físico como o psicológico são diferentes nos sexos.
Homem X Mulher
Pensando no aspecto físico, o homem apresenta o sistema
ósseo e muscular estriado mais robusto, diferente da mulher, o que lhe oferece
maior capacidade de resistência e domínio do mundo. Existem características que
são próprias da personalidade do homem. Ele é aquele que dá segurança e
proteção diante dos perigos no mundo; o homem traz em si o predomínio de uma
atitude racional, analítica e abstrata. Ele tende a uma abertura com o mundo
exterior e intensa relação com o externo.
O homem só poderá ver o mundo como homem; a sua lente é
diferente das mulheres. Portanto, o seu modo de ser no mundo é como um homem. A
família, a sociedade e a cultura deveriam colaborar para que este ser homem
pudesse vir para fora e vivesse como tal. É preciso entender que, para
valorizar a mulher, não é preciso destituir o homem do seu valor e do seu
lugar.
O papel do homem
As famílias, atualmente, têm vivido uma confusão, uma
possível distorção dos papéis ou mesmo uma fuga desses papéis. Num tempo não
tão distante, os homens exerciam o papel do cuidador, do provedor, daquele que
optava por escolhas práticas para assegurar o bem-estar da família.
Assim, normalmente, era o homem quem consertava os
aparelhos, os móveis. Para ele, era reservado o lugar dos consertos. Alguém
estragou algo? O homem era chamado, ele era aquele que resolvia os problemas da
vida diária, ele era o que oferecia as direções para resolver problemas. Era
simples a compreensão do papel do homem, e este sabia das suas
responsabilidades e lugar. Nesse sentido, existia uma definição clara dos
papéis. Assumia o seu lugar e não considerava um peso essa posição, mas fazia o
necessário para que a família caminhasse para o bem.
Era o homem quem trocava a lâmpada, consertava o ferro,
desentupia a pia. Era ele o responsável pela maior renda e deveria prover o
maior sustento da casa. Para o homem estava reservado a conversa com os filhos
homens e, principalmente, com os adolescentes sobre namoro e sexualidade, era
aquele que gostava de carro, do desporto, também ensinava o filho a andar de
bicicleta, a descer num carrinho de rolimã, como também mostrava ao filho a
maleta de ferramentas e como deveria pescar. O homem sentia-se sozinho para uma
tomada de decisão ou diante de uma escolha difícil, mas não se entregava a essa
solidão, ele enfrentava-a, porque isto faz parte da sua essência, daquilo que
ele é.
O homem aprende a ser homem a partir de um homem. O autor
John Eldredge, no livro ‘A grande aventura masculina’, 2007, escreveu que a
masculinidade é concedida, é aprendida na convivência com homens. “Um menino
tem muito que aprender na sua jornada para se tornar um homem, e ele torna-se
um homem somente por meio da intervenção ativa de seu pai e da companhia de
outros homens. O autor enfatiza que, para ser homem é preciso ter um guia. É
preciso ter um pai para ensinar. Não se aprende a ser homem no mundo das
mulheres. Não quer dizer que o homem deixa de ser homem, porque não faz alguns
dos relatos acima, mas que se ele deixa de ser aquilo que o move para essas
atitudes e fazeres práticos, provavelmente pode sentir-se como um “peixe fora
d’água” e duvidar do seu ser homem ou até deixar de ser um.
Quais as referências masculinas que temos hoje?
Precisamos de mais homens que passem uma imagem positiva do
ser masculino
A figura masculina é muito importante no desenvolvimento das
crianças, tanto para os meninos como para as meninas.
O pai é a primeira imagem de homem que as crianças têm; para
as meninas, ele será o modelo que elas terão como referência para todos os
homens que passarem pela vida delas. Para os meninos, será aquele que os fará
sair do mundo feminino da mãe para se tornarem homens. Contudo, não é apenas
dentro dos nossos lares que precisamos de ter uma imagem positiva do masculino,
mas na sociedade como um todo.
No processo de construção da sua personalidade, as nossas
crianças, principalmente os jovens, são influenciados por pessoas que lhes são
próximas e também por indivíduos dos MCS.
Como é que muitos pais agem dentro de casa?
Quais as referências masculinas que temos hoje em dia?
Vejamos alguns exemplos, começando pelos pais. Podemos dizer que a maioria foi
doutrinada, desde anos atrás, a serem ausentes:
– alguns, pelo trabalho que os consome, pois aprenderam que
a grande necessidade de um filho é ter “do bom e do melhor materialmente”;
– outros, por se tornarem progenitores num momento de
“prazer”; e quando surpreendidos pela notícia da paternidade, não se julgam
preparados ou dizem que a mãe se deveria ter prevenido;
– outros são adeptos também da falta de tempo, porque
praticam um hobby ou mesmo têm um vício, que os tira constantemente da
responsabilidade de educar. Este último é o típico pai e marido que o
personagem Homer Simpson ilustra. Às vezes, são glutões, beberrões, não sabem
nem querem aprender a fazer nada dentro de casa, e ainda dão trabalho e
envergonham a mulher e os filhos.
Afetividade Masculina
Imagem do homem na
sociedade e na mídia
Saindo do ambiente domiciliar temos:
– o “pegador”, que trata bem as mulheres só até conseguir o
que quer, e não recorda o nome delas no dia seguinte. Faz questão de contar aos
amigos o que elas fizeram na cama com ele;
– Há também os atletas, cantores, atores e outros
“endinheirados”, que pensam que a fama lhes deu “passaporte livre” para
escarnecer de toda a ética, não têm a mínima consideração com o mundo e as
pessoas. Ostentam bens de luxo como se isso fosse a prova da sua superioridade.
– Os super-heróis, quando de máscaras, armas ou armaduras,
enfrentam tudo, mas não lidam bem com questões existenciais, têm um passado
sempre sombrio e cheio de traumas. A maioria não consegue resolver questões
mais simples como se declarar e assumir a amada;
– Temos ainda o modelo de corpo “saradíssimo”, que borrifa
um perfume da moda, veste um terno, sai por aí chamando à atenção para si e
conquistando mulheres;
– Os bebedores de cerveja, que se gabam de quantas conseguem
tomar e imitam os garotos-propaganda nos anúncios desta bebida – rostos de
homem, atitudes de crianças.
– O metrossexual, que namoraria a si mesmo se pudesse.
– Não nos podemos esquecer daqueles que aderem a tudo quanto
é “moda”, e assim parecem antenados,
como homens que beijam outro homem na boca como forma de protesto à violência
contra as mulheres. Sinceramente! É isto que faz de um homem alguém sem
preconceitos? Como se este gesto o fizesse mais homem!
Definitivamente, não são estes os exemplos de masculinidade,
pois fazem de si mesmos, dos seus prazeres, dos próprios conceitos e questões
interiores, o grande ideal de vida, e esta não é a verdadeira essência do ser
masculino.
O que um homem verdadeiramente precisa e busca?
Qual é o protótipo de homem ideal? Onde encontrar a
verdadeira essência do ser masculino?
A principal característica do homem é a luta, é entregar a
vida para conquistar o que ele ainda não tem. O homem deve lutar sempre pelo
amor de sua mulher, pelo seu reino – lar, harmonia, bem-estar psíquico e
material daqueles que lhe são confiados – e por um ideal. Os homens vão sempre
procurar uma luta, uma aventura, uma causa que esteja fora deles.
Podemos ver isto sempre, nos personagens masculinos dos
filmes, mas também, desde crianças, nas brincadeiras entre meninos, os quais,
na maioria das vezes, são de iniciação e competição, até os nossos pais e avós
aposentados, como ficam inquietos dentro de casa, sempre mudando de conversa.
Só para entendermos melhor: “Para conhecer-se, uma mulher
olha para dentro de si e encontra todo um universo. Ela lê o seu próprio
coração (que é um mundo de sentimentos, percepções e sensibilidades) para
entender o mundo que a cerca”.
Já o homem, “olha para dentro de si, intui o que tem e o que
possui; então, busca autenticação do seu conteúdo no mundo exterior. Ele vai
experimentar se esta intuição sobre si mesmo é verdadeira, no mundo e na
prática.
O homem precisa de fazer o esforço de sair de si, e este
esforço ajuda-o a compreender o que está no seu interior, os seus anseios e o
sentido da sua vida”.
Quem pode ser o exemplo positivo do ser masculino?
Onde está o modelo de homem em quem nos podemos espelhar? Em
Cristo Jesus. Ele é a referência de pessoa e masculinidade. É o homem perfeito
(cf. Mt 5,48).
Jesus não foi marido de uma mulher, mas Esposo por
excelência (cf. Ap 21,9). Ele é o Filho, mas que revela a mais perfeita
paternidade: a celeste (cf. Jo 10 30). Jesus não renegou os que Lhe foram
dados, mas assumiu-os (cf. Is 53, 5-6), era presença e ainda o é (cf. Mt 28,
20), incansável na solicitude com aqueles que precisam d’Ele (cf. Mc 6, 31).
Cristo era gentil com as mulheres, não se aproveitava delas; pelo contrário,
elevava-as (cf. Lc 8,2-3 e Mt 19,7), não ostentava, mas era humilde (cf. Mt
8,20), como um herói salvou a muitos, na vida, mas, principalmente, em curar
feridas existenciais (cf. Lc 1, 41), atraia a atenção de todos, não pela sua aparência
exterior, mas pela beleza que exalava da sua alma (cf. Mt 14,13-14).
Principalmente, ensinou a verdadeira essência masculina, na
aspiração mais importante e latente no homem. “Cristo também amou a Igreja e se
entregou por ela” (Ef 5, 25). E sabemos como Ele amou a Igreja, foi se
sacrificando.
A realização está nos atos de nobreza
É este o esforço, a luta que precisamos de enfrentar. É no
sacrifício por algo, que é maior do que a nossa pessoa, que encontraremos a
nossa missão no mundo. É tendo a coragem de sairmos de nós mesmos e nos
sacrificar, entregando a vida por livre e espontânea vontade, que chegamos a
ter um sentido de existir, que nos faremos homens mais completos, homens à
imagem de Jesus. Coragem!
Não são as nossas vontades que nos vão preencher, mas sim os
atos de nobreza.
Em tudo, perguntemo-nos: “O que é que de nobre eu posso e
tenho que fazer agora?”
Na verdade, todos nós homens temos os nossos medos, traumas,
egoísmos, conceitos próprios, descompromissos, infantilidades e um pouco de
“narcisismo”. Muita atenção para as atitudes, as descritas acima, que nos fazem
ser menos homens de verdade.
Precisamos, sim, de homens com “H maiúsculo”! Onde estão os
homens que honram a sua palavra, que respeitam as mulheres, as filhas dos
outros, que amam as suas famílias, protegem as suas esposas e as amam de
verdade! (cf. Ef 5, 25-33). Onde estão os homens que brincam e se dedicam à
saúde afetiva dos filhos, os trabalhadores, os virtuosos que não são arrastados
pelos vícios, os que ensinam um ofício aos mais jovens, que introduzem valores
cristãos no mundo, os pregadores da Palavra, os que conquistam e atraem pelo
testemunho de vida?
Que no Dia do Homem possamos comemorar a real essência do
masculino, à qual só Aquele que se sacrificou por todos nós nos pode ensinar e
nos inspirar.
Se um homem se mede pelo seu caráter, honra e nobreza, saiba
que é a capacidade de sacrificar-se que forja tudo isto.
|